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ID
1266229
Banca
FUNCAB
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

As funções básicas dos gestores públicos e privados são praticamente idênticas. No entanto, os dirigentes das organizações públicas são obrigados a lutar contra limitações que não são encontradas nas atividades comercial e industrial. É possível estabelecer uma série de distinções entre as gestões pública e privada, sob aspectos políticos, econômicos e organizacionais. Assinale a alternativa em que consta uma característica de organização pública sob o aspecto econômico e uma característica de organização privada sob o aspecto político, respectivamente.

Alternativas
Comentários
  • César,

    A organização pública tem como principal finalidade (produto/resultado) o interesse público, como mensurar o interesse público? O lucro das empresas é mensurado a todo momento.

    A autonomia decisória no aspecto político é maior nas organizações privadas pois podem fazer tudo que a lei não proíba, diferentemente do gestor público, que só poderá agir dentro dos ditames legais. 

  • A questão aborda o tema: diferenças e convergências entre as administrações pública e privada. Ela pede, respectivamente, uma característica econômica da organização pública e uma característica sob o aspecto político da organização privada. Analisando as respostas temos o que se segue:

    Na letra A), a “maior autonomia gerencial”, não é uma caraterística “econômica” das organizações e por isso já podemos descartar a alternativa. Acrescento apenas que a autonomia gerencial pode estar presente tanto em organizações privadas quanto públicas. No primeiro caso, empresas com estrutura matricial constituem gerentes de projeto com maior autonomia em um empreendimento específico. No caso das organizações públicas, o contrato de gestão, inovação das reformas administrativas da segunda metade nos anos 90, oferece maior autonomia na gestão dos recursos públicos para o atingimento de um resultado pretendido.

    Na letra C), a orientação para o lucro é uma característica econômica das organizações privadas. Mas a questão pede uma característica sob o aspecto político para este tipo de organização. Portanto a alternativa também está errada.

    Na letra D), temos outra alternativa errada. A “rentabilidade vital para a sobrevivência” é uma característica econômica das organizações privadas e não das públicas. O Estado não vai à falência e seu tempo de existência é indeterminado. Com relação as organizações privadas, a sobrevivência depende da eficiência organizacional e da competitividade acirrada no mercado.

    Por sua vez, a letra E) as organizações públicas são afetadas por forças externas – basta refletir sobre o sufrágio universal e mesmo sobre as manifestações contra e pró governo. Porém, mais uma vez, esta não é uma característica econômica. Outra coisa, organizações privadas também são afetadas por forças externas – vide planejamento estratégico/análise SWOT.

    Por fim, a alternativa B), é a resposta da questão. O “produto em grande parte não [é] mensurável”, ou seja, o resultado da atuação do governo, muitas vezes não pode ser medido como no setor privado. O tamanho do governo, sua amplitude de atuação e os seus objetivos sociais - atrelados às funções “Saúde”, “Educação”, “Segurança”, etc, - são de difícil medição. No entanto, não se trata de ações voltadas para manipulação de dados ou falseamento dos resultados; trata-se de dificuldades ligadas à natureza das atividades desempenhadas pela administração pública. Neste sentido, Grateron (1999) ao tratar dos sistemas de controle de gestão governamental apresenta como problema principal a dificuldade de mensuração “do custo das entradas (inputs), da qualidade das saídas ou serviços (outputs) e dos efeitos ou benefícios advindos (outcomes).” Além da “dificuldade de mensurar os objetivos sociais de um programa ou atividade pública”, o autor apresenta uma segunda dificuldade: a de mensurar “os efeitos favoráveis ou desfavoráveis derivados de outro programa ou atividade”. Quanto à “autonomia decisória”, de fato é uma característica, sob o aspecto político, muito mais afeto às organizações privadas se tomarmos como referência a estrutura decisória do governo - Decisões mais lentas, influenciadas por variáveis de ordem política. Nas organizações privadas, com suas Políticas Empresariais voltadas para objetivos de mercado, as decisões precisam ser mais rápidas. Seja para não correr riscos em um mercado competitivo, seja para aproveitar uma janela de oportunidade.

    Bibliografia:

    GRATERON, Ivan Ricardo Guevara. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Caderno de Estudos, São Paulo, FIPECAFI, nº21 - Maio a Agosto/1999.

    PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública: teoria e questões. 2ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

    SOBRAL, Filipe. Administração: Teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.



    RESPOSTA: B

  • Esta questão pode parece difícil mais pode ser resolvida facilmente se o candidato conseguir interpretar o que está sendo pedido.

    Característica de uma empresa privada sob aspecto político?

    A única alternativa que a 2* parte fala sobe tal assunto é a letra B.

  • PROF. CLAUDINEY SILVESTRE DO QC:

    a alternativa B), é a resposta da questão. O “produto em grande parte não [é] mensurável”, ou seja, o resultado da atuação do governo, muitas vezes não pode ser medido como no setor privado. O tamanho do governo, sua amplitude de atuação e os seus objetivos sociais - atrelados às funções “Saúde”, “Educação”, “Segurança”, etc, - são de difícil medição. No entanto, não se trata de ações voltadas para manipulação de dados ou falseamento dos resultados; trata-se de dificuldades ligadas à natureza das atividades desempenhadas pela administração pública. Neste sentido, Grateron (1999) ao tratar dos sistemas de controle de gestão governamental apresenta como problema principal a dificuldade de mensuração “do custo das entradas (inputs), da qualidade das saídas ou serviços (outputs) e dos efeitos ou benefícios advindos (outcomes).” Além da “dificuldade de mensurar os objetivos sociais de um programa ou atividade pública”, o autor apresenta uma segunda dificuldade: a de mensurar “os efeitos favoráveis ou desfavoráveis derivados de outro programa ou atividade”. Quanto à “autonomia decisória”, de fato é uma característica, sob o aspecto político, muito mais afeto às organizações privadas se tomarmos como referência a estrutura decisória do governo - Decisões mais lentas, influenciadas por variáveis de ordem política. Nas organizações privadas, com suas Políticas Empresariais voltadas para objetivos de mercado, as decisões precisam ser mais rápidas. Seja para não correr riscos em um mercado competitivo, seja para aproveitar uma janela de oportunidade.

  • Com o aumento do nível dos concorrentes, as bancas aprimoram as questões.