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ID
1268797
Banca
FCC
Órgão
TRT - 5ª Região (BA)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Uma gestante, com hipertireoidismo, abandonou o tratamento, e apresentou, subitamente, hiperpirexia, taquicardia, confusão mental, tontura, náuseas, diarreia, evoluindo com arritmia cardíaca. O enfermeiro, diante desta emergência obstétrica, e ciente de que estes sinais e sintomas estão associados a um alto índice de falência materna MS (2010) compreende que um dos cuidados e/ou tratamento da crise tireotóxica requer

Alternativas
Comentários
  • http://revista.fmrp.usp.br/2003/36n2e4/25crise_tireotoxica.pdf

  • A crise tireotóxica (CT) constitui uma exacerbação aguda do estado hipertireóideo e representa o grau máximo de expressão clínica da tireotoxicose. É uma condição rara e fatal, se não diagnosticada rapidamente.

    O tratamento adequado da crise tireotóxica é feito com combinação de medicamentos e medidas de suporte (oxigênio, hidratação venosa, reposição de eletrólitos, antipiréticos e compressas frias). O tratamento deve ser feito em uma unidade de tratamento intensivo.

    A temperatura corpórea deve ser mantida abaixo de 38°C, podendo-se utilizar compressas e toalhas úmidas, paracetamol, acetaminofeno e meperidina. Não se deve usar aspirina (salicilatos), pois esta droga compete com o T3 e o T4 na sua ligação com as globulinas transportadoras (TBG), o que elevaria a concentração desses hormônios na circulação na forma livre que é a mais ativa.

    Diuréticos e digitálicos podem ser necessários nos casos de falência cardíaca como também oxigênio sob cateter nasal ou máscara e reposição cuidadosa de fluidos corpóreos. Se for necessária sedação, o fenobarbital é a droga de escolha, pois acelera o metabolismo periférico e inativa o T3 e o T4. 

    Pode-se administrar propiltiouracila (PTU) 1g oralmente ou, após ser macerado, por sonda nasogástrica, e depois continuado com doses de 200mg a cada 6 horas. Pode-se associar o Iodeto de Sódio IV 500mg a 1g a cada 8 horas. Vários autores recomendam o uso de quatro doses de dexametasona 2mg IV a cada 6 horas para ajudar a bloquear a conversão periférica de T4 para T3. O tratamento com β-bloqueadores para controlar a taquicardia materna é reservado geralmente para as gestantes com frequência cardíaca de 120bpm ou maiores.

    Resposta C

    Bibliografia

    Maia AL, Scheffel RS, Meyer ELS. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012.

  • Gabarito: c) aplicação de compressas frias e a administração de antipiréticos, não utilizando salicilatos por estes agravarem o hipermetabolismo.

    A crise tireotóxica constitui uma exacerbação aguda do estado hipertireóideo e representa o grau máximo de expressão clínica da tireotoxicose. É uma condição rara e fatal. Poder se desenvolver em pacientes hipertireóideos de longa duração, ela se manifesta mais freqüentemente associada a um evento agudo como: período pós-cirurgias, tireoidianas ou não, infecção, trauma, sobrecarga aguda de iodo, uso de drogas anticolinérgicas e adrenérgicas, gravidez, ingestão de hormônio tireoidiano, embolia pulmonar, cetoacidose diabética ou acidente vascular cerebral.

    Medida prioritária:  A Hiperpirexia deverá ser agressivamente corrigida.

    Obs.: Evitando-se o uso de salicilatos, pois esses medicamentos podem aumentar a fração livre dos hormônios tireoidianos.