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ID
1283359
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto:
      “Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender quanto nelas há.”
      Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido.
(Tales Ben Daud, inédito)

O nexo lógico entre as orações da primeira frase do texto é semelhante ao que ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Não entedi o que se depreende por "nexo lógico". Um professor ou alguém mais gabaritado que eu poderia me explicar?

    Abraço

  • Não sou professor, nem penso ser "gabaritado" (rs), mas entendi o seguinte:


    antônio vieira é tão foda, mas tão foda (um modelo), q até o fernando pessoa o qualifica como imperador


    o estilo é tão alto, mas tão alto, que até mesmo o que já entendem muito sobre o estilo, ainda precisarão entender muito mais.


    LETRA D

  • O nexo lógico entre as orações da 1º fase é que há uma síntese comparativa de Fernando Pessoa em relação a Antônio Vieira com "Imperador da língua" (Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua".

    E a única alternativa que da ideia de comparação é a letra (d) tão alto que tenham muito que entender nele.

  • João Gabriel, nossa busca não é por uma cátedra de Gramática, mas por colocar o xis no lugar certo...kkkk...baita explicação. Abraço.

  • entendo que o nexo logico seria uma consequencia e nao uma comparação