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ID
1288639
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A técnica de grupos operativos tem sido largamente utilizada no Brasil em várias áreas.

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E

    Para mim, ficou assim:

    (a) a finalidade de um grupo operativo é atingir uma determinada tarefa tanto explícita quanto implícita.

    (b) pertença é que tem a ver com o sentimento de se sentir para do grupo. Pertinência tem a ver com a eficácia com que se realiza uma tarefa.

    (c) horizontalidade é a dimensão atual do grupo, elementos que configuram, coexistem e operam no grupo. Verticalidade tem a ver com a característica pessoal que cada indivíduo traz para fazer parte do grupo Não existe a soma, mas sim a interseção entre a horizontalidade e verticalidade que formam os diferentes papéis que cada um assume no grupo.

    (d) Os papéis tendem, no início, a serem fixos, mas depois, com a interação dos papéis, vão se modificando.

    Fonte: Apostila do Estratégia Concursos - organizada pelo professor Alyson Barros)

  • Pichon-Rivière, psiquiatra e psicanalista argentino, elaborou, na década de 1940, a teoria do grupo operativo, que definia grupo como um conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propunham, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, interatuando em uma rede de papéis com o estabelecimento de vínculos entre si.

    Analisemos as características dessa técnica através das assertivas aprensentadas:

    A)     O  grupo  operativo  pressupõe  a  tarefa  explícita  que  o  enquadre.  Não somente, a técnica do grupo operativo pressupõe a tarefa explícita (aprendizagem, diagnóstico ou tratamento), a tarefa implícita (o modo como cada integrante vivencia o grupo) e o enquadre que são os elementos fixos (o tempo, a duração, a frequência, a função do coordenador e do observador).

    B)     O conceito de pertinência tem a ver com o sentimento de se  sentir parte do grupo. Pertinência, juntamente com pertença (afiliação), cooperação, comunicação, aprendizagem e telé são os vetores de análise do chamado cone invertido, que representa o movimento de estruturação, desestruturação e reestruturação de um grupo. O conceito apresentado refere-se à pertença. Pertinência consiste na eficácia com que se realizam as ações e a cooperação consiste nas ações com o outro . Por outro lado, a comunicação pode ser caracterizada como o processo de intercâmbio de informação, que pode ser entendido desde o ponto de vista da teoria da comunicação ou a partir da teoria psicanalítica, etc.; a aprendizagem, como a preensão instrumental da realidade e a telé – palavra de origem grega, tomada de Moreno –, como a distância afetiva (positiva-negativa).

    C)    A  horizontalidade  do  grupo  tem  a  ver  com  a  soma  das  verticalidades dos participantes.  A horizontalidade do grupo, que não é simplesmente a somatória de suas verticalidades pois há uma construção coletiva resultante da interação de aspectos de sua verticalidade, gerando uma história própria, inovadora que dá ao grupo sua especificidade e identidade grupal.

    D)    Os papéis que emergem em um grupo, como bode-expiatório ou porta-voz, não se alternam.  Alguns papéis do grupo são fixos, como o papel do coordenador e do observador, enquanto outros emergem no decorrer do processo, articulando-se com as necessidades e com as expectativas tanto individuais quanto grupais, podendo alternar-se.

    E)     O líder de mudança surge quando um aspecto importante foi  explicitado e contribui para o movimento dialético do grupo. Exatamente. O coordenador é aquele que indaga e problematiza, estabelecendo algumas articulações entre as falas e os integrantes, sempre direcionando o grupo para a tarefa comum; o observador registra o que ocorre na reunião, resgata a história do grupo e depois analisa com o coordenador os pontos emergentes, o movimento do grupo em torno da tarefa e os papéis desempenhados pelos integrantes; o porta-voz é o integrante que explicita o que está implícito, colaborando com a tarefa; e o bode-expiatório aparece quando explicita algo não tem a aceitação do grupo.



    GABARITO: E