Gabarito letra E
Para mim, ficou assim:
(a) a finalidade de um grupo operativo é atingir uma determinada tarefa tanto explícita quanto implícita.
(b) pertença é que tem a ver com o sentimento de se sentir para do grupo. Pertinência tem a ver com a eficácia com que se realiza uma tarefa.
(c) horizontalidade é a dimensão atual do grupo, elementos que configuram, coexistem e operam no grupo. Verticalidade tem a ver com a característica pessoal que cada indivíduo traz para fazer parte do grupo Não existe a soma, mas sim a interseção entre a horizontalidade e verticalidade que formam os diferentes papéis que cada um assume no grupo.
(d) Os papéis tendem, no início, a serem fixos, mas depois, com a interação dos papéis, vão se modificando.
Fonte: Apostila do Estratégia Concursos - organizada pelo
professor Alyson Barros)
Pichon-Rivière, psiquiatra e psicanalista argentino, elaborou,
na década de 1940, a teoria do grupo operativo, que definia grupo como um
conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação
interna, que se propunham, explícita ou implicitamente, a uma tarefa,
interatuando em uma rede de papéis com o estabelecimento de vínculos entre si.
Analisemos as características dessa técnica através das
assertivas aprensentadas:
A)
O
grupo operativo pressupõe a tarefa explícita que o
enquadre. Não somente, a técnica do grupo operativo pressupõe a tarefa
explícita (aprendizagem, diagnóstico ou tratamento), a tarefa implícita (o modo
como cada integrante vivencia o grupo) e o enquadre que são os elementos fixos
(o tempo, a duração, a frequência, a função do coordenador e do observador).
B)
O conceito de pertinência tem a ver com o sentimento de se
sentir parte do grupo. Pertinência, juntamente com pertença
(afiliação), cooperação, comunicação, aprendizagem e telé são os vetores de análise
do chamado cone invertido, que representa o movimento de estruturação,
desestruturação e reestruturação de um grupo. O conceito apresentado refere-se à
pertença. Pertinência consiste
na eficácia com que se realizam as ações e a cooperação
consiste nas ações com o outro . Por outro lado, a comunicação
pode ser caracterizada como o processo de intercâmbio de informação, que pode
ser entendido desde o ponto de vista da teoria da comunicação ou a partir da
teoria psicanalítica, etc.; a aprendizagem, como a preensão
instrumental da realidade e a telé – palavra de origem grega, tomada de Moreno
–, como a distância afetiva (positiva-negativa).
C)
A
horizontalidade do grupo tem a ver
com a soma
das verticalidades dos participantes. A horizontalidade
do grupo, que não é simplesmente a somatória de suas verticalidades pois há uma
construção coletiva resultante da interação de aspectos de sua verticalidade,
gerando uma história própria, inovadora que dá ao grupo sua especificidade e
identidade grupal.
D)
Os papéis que emergem em um grupo, como bode-expiatório ou porta-voz, não se alternam. Alguns
papéis do grupo são fixos, como o papel do coordenador e do observador,
enquanto outros emergem no decorrer do processo, articulando-se com as
necessidades e com as expectativas tanto individuais quanto grupais, podendo
alternar-se.
E)
O líder de mudança surge quando um aspecto importante foi
explicitado e contribui para o movimento dialético do grupo. Exatamente.
O coordenador é aquele que indaga e
problematiza, estabelecendo algumas articulações entre as falas e os
integrantes, sempre direcionando o grupo para a tarefa comum; o observador
registra o que ocorre na reunião, resgata a história do grupo e depois analisa
com o coordenador os pontos emergentes, o movimento do grupo em torno da tarefa
e os papéis desempenhados pelos integrantes; o porta-voz é o
integrante que explicita o que está implícito, colaborando com a tarefa; e o bode-expiatório
aparece quando explicita algo não tem a aceitação do grupo.
GABARITO: E