Discute-se também qual seria o termo adequado para designar essa condição, pois, no final da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) substituiu a expressão envelhecimento saudável por envelhecimento ativo, definindo o processo como “otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas” (p. 13). Entretanto, vários descritores são utilizados para se referir ao mesmo conceito na literatura, incluindo bem-sucedido, produtivo, saudável e robusto (Fried, Freedman, Endres, & Wasik, 1997; Lupien & Wan, 2004; Phelan & Larson, 2002; Ramos, 2003; Rowe & Kahn, 1997).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642008000100010
"O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo"
No
artigo de Pricila Cristina Correa
Ribeiro, intitulado “A psicologia frente aos desafios do envelhecimento
populacional", podemos encontrar referências que os ajudam a responder tal
questão. Vejamos:
A) CORRETA. O crescimento dos casos de
demência é tido como de caráter epidêmico e especialistas defendem que, se não
controlado, representará enorme desestrutura para o sistema de saúde. Assim,
surge uma grande demanda por especialistas em avaliação e reabilitação de idosos,
seja para assistência aos acometidos por prejuízos cognitivos ou para
orientação aos familiares/cuidadores. Neste cenário, a neurospicologia é um dos
campos de atuação do psicólogo que mais rapidamente ganhou reconhecimento no
Brasil no âmbito da assistência e da pesquisa em saúde do idoso.
B) INCORRETA. As práticas de intervençõs
psicológicas mais utilizadas na assistência à saúde mental desta população são
as abordagens comportamentais e cognitivo-comportamental tanto para tratamento
quanto para prevenção; a terapia life review (revisão de vida) utilizada
como estratégia preventiva da depressão em idosos; as intervenções de
preparação para aposentadoria (PPA); a terapia comunitária, frequentemente
aplicada a grupos de idosos de baixo poder aquisitivo com o objetivo de
auxiliar no empoderamento e na resiliência.
C) INCORRETA. A funcionalidade
cognitiva é preservada por meio de treinos e programas de reabilitação para
amenizar déficits e perdas cognitivas
D) INCORRETA. Até meados do século XX,
essa visão reducionista do envelhecimento contribuiu para homogeneização da
população mais velha e para as atitudes negativas acerca das últimas fases da
vida, inibindo avanços teóricos e práticos da psicologia na área gerontológica.
No fim do século XX, os argumentos da unidirecionalidade e universalidade sobre
as mudanças ocorridas no curso de vida perderam espaço para os pressupostos da
perspectiva lifespan, que compreende o desenvolvimento como um processo
resultante não só fatores normativos graduados por idade, mas também pela
história (efeitos de corte) e pelos eventos não normativos vivenciados ao
longo da vida.
E) INCORRETA. Apesar de não estar
presente no citado artigo, o conceito pertence a Rowe e Kahn (citados) que
propõem três trajetórias do envelhecimento humano: normal, patológica e
saudável. A definição de envelhecimento saudável proposta por estes autores
prioriza baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais relacionadas às
doenças; funcionamento mental e físico excelentes; e envolvimento ativo com a vida.
O artigo pode ser acessado na íntegra em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202015000200009
GABARITO: A