SóProvas


ID
1293367
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                               A ciência rigorosa
      A vampirologia - não ria - acaba de perder um expoente. Morreu no sul da França o historiador romeno Radu Florescu, 88 anos, professor emérito do Boston College, nos EUA, e responsável por revelar a ligação entre o conde Drácula, personagem criado pelo escritor inglês Bram Stoker em 1897, e um monarca do século 15, o príncipe Vlad Tepes [pronuncia-se como te-pesh], que dominou a região da Valáquia, entre o Danúbio e os Cárpatos, perto da Transilvânia, na atual Romênia.
      Em parceria com seu colega de cátedra, o americano Raymond T. McNally, Florescu foi autor, em 1972, do livro “Em Busca de Drácula", grande sucesso de vendas e que tornou Vlad quase tão famoso quanto o próprio conde. Um dos motivos era o fato de que, em seu apogeu, o príncipe mandou empalar cerca de 100 mil otomanos, quase devastando as matas da região com sua política de obrigar os inimigos a sentar-se sobre estacas pontiagudas.
      O fato de Vlad gostar de sangue e ser também conhecido como Dracul - dragão ou, na intimidade, o diabo - foi suficiente para que Florescu e McNally explorassem a crença daquela região em vampiros e fizessem a conexão. Na verdade, não há uma linha no livro em que se prove essa identidade. O que há é uma argumentação que finge que se leva a sério, dá voltas em torno do assunto e sugere muito mais do que afirma. Infalível para convencer quem quer se deixar convencer.
      Até então, Florescu era um homem austero, especialista em Leste europeu e autor de livros sérios, um deles sobre as relações diplomáticas anglo-turcas. O estouro de "Em Busca de Drácula" mudou sua vida. De repente - e até o fim - , ele passou a viver de palestras muito bem pagas em universidades, às quais comparecia usando uma capa de vampiro.
      A história - como bem sabem os historiadores - já foi uma ciência mais rigorosa.
(Ruy Castro, Folha de São Paulo)

O texto começa pedindo ao leitor que não ria diante da palavra “vampirologia” . Isso se justifica porque

Alternativas
Comentários
  • tenho dúvidas sobre essa informação, errei, para variar, marquei C

  • Pera aí...Não existe o termo "Vampirologia"??

    Mesmo atestando o fato de não existir os tais bebedores de sangue, há quem acredite nos tais e existe sim o estudo da área.

    O.o


  • Essa questão deveria ser anulada, pois não é possível se afirmar que não existe essa palavra com base em informações do texto. 


    Marquei alternativa C também !

  • A questão afirma que vampiros são sérios e existem, portanto não marque a C.

  • Resposta: "A".

    A palavra "vampirologia" não existe oficialmente. Não está registrada no VOLP -Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Trata-se, na verdade, de um neologismo - criação de uma palavra nova.

    Acho que foi nesse argumento que a Banca se baseou para justificar a letra "A" como resposta. Coloquei o comentário só para auxiliar mesmo, por que acho que esse é o objetivo desta ferramenta.

  • Existindo oficialmente ou não, uma coisa é certa: o autor NÃO INVENTOU esse termo...


    marquei C

  • marquei C. acho q além da C a D tb poderia estar certa, mas a A... tem q ter conhecimento q o termo não está no VOLP, q é isso

  • Aff, Manda não ri do termo, por se tratar de um caso trágico ou triste que foi a morte do historiador romeno Radu Florescu. Não tem nada haver com a invenção da palavra... Não tem como inferir no texto que a palavra foi inventada pelo autor... Nem a FGV sabe interpretar texto mais, lamentável...

  • Em nenhum momento se infere do texto que foi seu autor que criou esse neologismo. Se colocar vampirologia no google é fácil derrubar essa tese. O "não ria" tem muito mais a ver com o fato de não se tratar do estudo de um assunto sério. 

  • Acredito que o erro na alternativa A não está no fato do termo vampirologia não existir oficialmente, mas no fato de que não foi o autor o inventor de tal termo. 

    Continuo firme na alternativa C.

  • Apesar de ser um neologismo, não tem como inferir do texto essa informação. 


  • Concordo com todos os últimos comentários.
    Por mais que não esteja registrado no VOLP, esse termo é antigo e, lógico, não foi inventado pelo autor.
    Existem livros sobre isso, também até sociedades, não apenas no Brasil, mas também no exterior: Vampirologia, Vampirology, etc.

  • Existem até livros falando de vampirologia. É óbvio que não foi o autor desse texto que inventou o termo - e nem sequer é possível, em momento algum, inferir isso do texto.

  • Fala sério! Pior é q no comentário do professor ele fala tbm que o autor do texto inventou esse termo... 

  • apesar do professor alexandre ser muito bom nas explicações...eu continuo não comprando esse gabarito!  que dizer que o autor do texto é o inventor da palavra VAMPIROLOGIA??  quero que a FGV me prove isso.

  • Não concordo por dois motivos. 
    1) Difícil afirmar que foi o autor que inventou esta palavra. 

    2) Mesmo que ele tivesse inventado, a "graça" não é ser uma palavra inventada, é ser o estudo de algo considerado irreal. Seria como fazer um estudo sobre os unicórnios. O ""engraçado"" é isto.
  • Agora eu entendi o gabarito. O motivo do "não riso" do leitor é por causa do possível escárnio contra o autor que o termo poderia trazer ao ser lido. De fato a questão é ridícula por não haver nenhuma evidência de que ele criou esse tema, mas infelizmente temos que pensar com a cabeça doente da banca.