SóProvas


ID
1293382
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                               A ciência rigorosa
      A vampirologia - não ria - acaba de perder um expoente. Morreu no sul da França o historiador romeno Radu Florescu, 88 anos, professor emérito do Boston College, nos EUA, e responsável por revelar a ligação entre o conde Drácula, personagem criado pelo escritor inglês Bram Stoker em 1897, e um monarca do século 15, o príncipe Vlad Tepes [pronuncia-se como te-pesh], que dominou a região da Valáquia, entre o Danúbio e os Cárpatos, perto da Transilvânia, na atual Romênia.
      Em parceria com seu colega de cátedra, o americano Raymond T. McNally, Florescu foi autor, em 1972, do livro “Em Busca de Drácula", grande sucesso de vendas e que tornou Vlad quase tão famoso quanto o próprio conde. Um dos motivos era o fato de que, em seu apogeu, o príncipe mandou empalar cerca de 100 mil otomanos, quase devastando as matas da região com sua política de obrigar os inimigos a sentar-se sobre estacas pontiagudas.
      O fato de Vlad gostar de sangue e ser também conhecido como Dracul - dragão ou, na intimidade, o diabo - foi suficiente para que Florescu e McNally explorassem a crença daquela região em vampiros e fizessem a conexão. Na verdade, não há uma linha no livro em que se prove essa identidade. O que há é uma argumentação que finge que se leva a sério, dá voltas em torno do assunto e sugere muito mais do que afirma. Infalível para convencer quem quer se deixar convencer.
      Até então, Florescu era um homem austero, especialista em Leste europeu e autor de livros sérios, um deles sobre as relações diplomáticas anglo-turcas. O estouro de "Em Busca de Drácula" mudou sua vida. De repente - e até o fim - , ele passou a viver de palestras muito bem pagas em universidades, às quais comparecia usando uma capa de vampiro.
      A história - como bem sabem os historiadores - já foi uma ciência mais rigorosa.
(Ruy Castro, Folha de São Paulo)

Segundo o autor do texto, o maior defeito do livro está

Alternativas
Comentários
  • O texto deixa claro isso em:


    "Na verdade, não há uma linha no livro em que se prove essa identidade. O que há é uma argumentação que finge que se leva a sério, dá voltas em torno do assunto e sugere muito mais do que afirma. Infalível para convencer quem quer se deixar convencer."

  • GABARITO- C

    O que há é uma argumentação que finge que se leva a sério, dá voltas em torno do assunto e sugere muito mais do que afirma.

    Pode ser observar na frase que ele finge na argumentação, logo a argumentação e deficiente pois o mesmo não leva a argumentação a sério.

  • Não concordo com o gabarito, pois o argumento é eficiente em convencer. Tanto é que o livro vendeu muito.

  • por que não pode ser "imprecisão histórica"?????

  • Bruna, o livro apenas sugere que Bram Stoker, ao escrever sobre o personagem Drácula, tenha se baseado em Vlad Tepes. Não apresenta nenhuma imprecisão histórica.

  • Pra mim o período: "Na verdade, não há uma linha no livro em que se prove essa identidade." Confirma a letra b) imprecisão histórica

  • Se perguntarem ao Ruy Castro eu duvido que ele não responda imprecisão histórica.

  • O que há é uma argumentação que finge que se leva a sério, dá voltas em torno do assunto e sugere muito mais do que afirma = argumentação deficiente.