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ID
130447
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos acaba de
completar 60 anos. Ela representa a eterna aspiração da
humanidade para uma vida com liberdade e dignidade para
todos.

Se, por um lado, progressos consideráveis foram obtidos
em campos como combate ao racismo, condenação dos
regimes ditatoriais e promoção da igualdade de gênero, por
outro lado, desafios surgiram com novos atos de violação dos
direitos humanos e, consequentemente, passíveis de condenação
no âmbito da Declaração Universal. São os casos da
violência e da discriminação a qualquer título e das novas
formas de terrorismo. Isso sem falar em questões antigas, ainda
longe de serem resolvidas, como a luta contra o tráfico de
pessoas e a tortura.

Nesse contexto, o acesso à informação é de importância
capital e um direito que também precisa ser efetivado. O mais
amplo acesso às avançadas tecnologias de informação e
comunicação é fundamental para que todos tenham
conhecimento de seus direitos e das violações cometidas,
independentemente de onde ocorram e contra quem.
Por mais paradoxal que pareça, a Declaração Universal
dos Direitos Humanos é o instrumento internacional mais citado
no mundo, mas está disponível em apenas 350 das cerca de
7.000 línguas faladas e catalogadas no planeta. Ou seja, nem
todos têm acesso ao conteúdo da declaração que assegura
seus direitos. E tais direitos só serão efetivamente reivindicados,
garantidos e exercidos quando forem devidamente
conhecidos.

Portanto, ampliar a disseminação dessa declaração é
tarefa que precisa ser abraçada como prioridade, especialmente
em benefício dos grupos minoritários, os mais vulneráveis e
marginalizados.

Aqui a mídia tem um papel decisivo, atuando inclusive
como mobilizadora da sociedade contra as violações cometidas
globalmente. Assegurar o direito a uma mídia livre e pluralista,
em que todas as vozes sejam ouvidas é, pois, garantia da
promoção dos direitos humanos e do monitoramento contra
suas violações.

(Trecho do artigo de Marcio Barbosa, Diretor-geral-adjunto da
UNESCO. Folha de S. Paulo, 10 de dezembro de 2008, A3,
com adaptações)

A afirmativa de que a Declaração está disponível em apenas 350 línguas (4º parágrafo) constitui, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA 'E'.
    Vejamos os fragmentos do 3º§ que comprovam:

    (...), mas está disponível em apenas 350 das cerca de 7.000 línguas faladas e catalogadas no planeta. Ou seja, nem todos têm acesso ao conteúdo da declaração que assegura seus direitos. E tais direitos só serão efetivamente reivindicados, garantidos e exercidos quando forem devidamente conhecidos."

  • Discordo do gabarito.
    O texto não fala em momento algum que não há divulgação do documento. Ele é plenamente conhecido, o que é corroborado nos trechos: "É o mais citado" e "...todos têm acesso ao conteúdo da declaração". A barreira, portanto, é o fato da tradução restrita do documento, "somente em 350 línguas, das 7000 faladas e catalogadas".
    Defendo que o gabarito correto seria a letra "c", visto que esse dado exposto no comando da questão corrobora o fato da "não universalidade da Declaração".
  • Pensei igual ao Rafael, tanto que eliminei a "letra E", pois ao meu ver, o problema não seria a divulgação, mas sim a interpretação dele (por haver a necessidade de, para ser difundido, ter de ser traduzido em mais idiomas - tendo ainda a presença da palavra "apenas" corroborando a necessidade da tradução).

  • Qual seria o erro da letra C?