Fluxo de Caixa Ajustado pelo Risco (FCAR)
FCAR = [(1,03 / 1,07) x 200.000]
FCAR = 192.523.
A técnica de valor presente esperado apresenta dois tipos de riscos:
(a) risco não sistemático (diversificável): risco específico;
(b) risco sistemático (não diversificável): o risco comum compartilhado por ativo ou passivo com os demais itens de carteira diversificada.
Métodos de cálculo
Método 1: ajusta os fluxos de caixa esperados de ativo para refletir o risco sistemático (ou seja, de mercado) pela subtração do prêmio de risco de caixa (ou seja, fluxos de caixa esperados ajustados pelo risco).
VPE = Fluxo ajustado pelo risco / taxa de risco diversificável
VPE = 192.523 / 1,03
VPE = 186.915,53
Método 2: efetua ajuste para refletir o risco sistemático (ou seja, de mercado) pela aplicação de prêmio de risco à taxa de juros livre de risco.
VPE = Fluxo de caixa esperado / taxa de retorno esperado
VPE = 200.000 / 1,07*
VPE = 186.915,88
Ambos os valores são inferiores a 188 mil
Gabarito: Errado
Fonte: Professor Marco Diniz
Questão sobre a técnica do valor presente esperado, abordagem de
avaliação do valor justo de um ativo.
As técnicas de avaliação do
valor justo de um ativo podem ser classificadas em 3 abordagens:
(1) Abordagem
de Mercado:
(2) Abordagem
de Custo:
(3) Abordagem
de Receita (ou Resultado)
Na abordagem de receita, temos
o valor justo como um valor presente
(descontado), desde que essa mensuração seja feita considerando as expectativas
correntes dos participantes do mercado atuais em relação a esses valores
futuros. Por isso, também pode ser chamada de técnica do valor presente esperado.
Essa técnica utiliza alguns elementos: as projeções (de caixa ou
outros valores provenientes do ativo ou passivo a ser mensurado), expectativas
de incertezas relativas ao fluxo projetado, o valor do dinheiro no tempo (uso
de uma taxa de desconto livre de risco), o prêmio
pelo risco (ajustando-se a taxa de desconto) e outros fatores que os
participantes do mercado levariam em consideração.
Nesse contexto, o CPC 46
diz que teoria da carteira distingue entre dois tipos de risco, sendo que ambos devem
ser considerados:
(a)
risco não sistemático
(diversificável), que é o risco específico de ativo ou passivo em particular;
(b)
risco sistemático (não
diversificável), que é o risco comum compartilhado por ativo ou passivo com os
demais itens de carteira diversificada.
Nessa linha, O CPC detalha 2 métodos dessa técnica de valor
presente esperado, que teoricamente, devem dar o mesmo resultado (valor presente). Vou simplificar aqui para facilitar o
entendimento de vocês e vou resolver a questão utilizando os 2 métodos para vocês
notarem a diferença meramente matemática um do outro.
No Método 1 ajusta-se o
próprio fluxo de caixa esperado para já refletir o risco sistemático (não diversificável). Esse fluxo ajustado é por fim, descontado pelo risco que falta considerar, que
no caso da questão, é o risco diversificável
(não sistemático).
Valor presente = Fluxo
ajustado pelo risco (192.523) / taxa de risco diversificável (3%)
(192.523)/1,03 =
aproximadamente 186.915
No Método 2 o ajuste não é
feito no fluxo de caixa e sim na taxa de
desconto utilizada. Logo, a taxa englobará tanto o risco diversificável (3%) quanto o risco sistemático (4%), resultando em uma
taxa de retorno exigida de 7%.
Valor presente = Fluxo de
caixa esperado (200.000) / taxa de retorno (7%)
(200.000)/1,07 =
aproximadamente 186.915
Repare que em ambos métodos o
valor esperado do ativo financeiro é inferior
a R$ 188 mil. Por isso a afirmativa está errada.
Gabarito do Professor: Errado.
¹ Manual de contabilidade
societária : aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais
e do CPC / Ernesto Rubens Gelbcke ... [et al.]. – 3. ed. – São Paulo: Atlas,
2018.