Gabarito: Certo
“A identidade central da teoria crítica configura-se, por um lado, como construção analítica dos fenômenos que investiga e, por outro, e simultaneamente, como capacidade para atribuir esses fenômenos às forças sociais que os provocam. Segundo este ponto de vista, a pesquisa social levada a efeito pela teoria crítica, propõe-se como teoria da sociedade entendida como um todo; daí, a polêmica constante contra as disciplinas setoriais, que se especializam e diferenciam progressivamente campos distintos de competência. Procedendo assim, essas disciplinas – vinculadas a sua correção formal e subordinadas à razão instrumental – desviam-se da compreensão da sociedade como um todo e, por conseguinte, acabam por desempenhar uma função de manutenção da ordem social existente” (Wolf, 1985), p. 82.
Wolf, M. (1985). Teorias da Comunicação (5 ed.). Lisboa: Editorial Presença.
Ismael, partilho da sua confusão quanto a essas duas teorias, pois possuem princípios realmente parecidos. No entanto, repare que a assertiva não elimina a possibilidade de esses conceitos também serem objeto de estudo de outras teorias, apenas afirma que o é para a teoria crítica. Nesse caso, está correto.
Segue a teoria:
Teoria funcionalista
A Teoria Funcionalista estuda as funções exercidas pela mídia na sociedade, e não os seus efeitos. Em lugar de pesquisar o mero comportamento do indivíduo, estuda-se a sua ação social enquanto consumidor de valores e modelos que se adquire comunitariamente. Seus métodos de pesquisa distanciam-se dos métodos da teoria Hipodérmica, Empírico-Experimental e de Efeitos Limitados por não estudar a mídia em casos excepcionais, como campanhas políticas, mas em situações corriqueiras e cotidianas.
Teoria Crítica
Inaugurada pela Escola de Frankfurt, a Teoria Crítica parte do pressuposto das teorias marxistas e investiga a produção midiática como típico produto da era capitalista. Desvendam assim a natureza industrial das informações contidas em obras como filmes e músicas: temas, símbolos e formatos são obtidos a partir de mecanismos de repetição e produção em massa, que tornam a arte adequada para produção e consumo em larga escala.
Assim, a mídia padroniza a arte como faria a um produto industrial qualquer. É o que foi denominado indústria cultural. Nesta, o aspecto artístico da obra é perdido. O imaginário popular é reduzido a clichês. O indivíduo consome os produtos de mídia passivamente. O esforço de refletir e pensar sobre a obra é dispensado: a obra “pensaria” pelo indivíduo.
Fonte: https://midiacrucis.wordpress.com/2012/10/22/teoria-critica-culturologica-e-funcionalista/