A TB continua sendo mundialmente um
importante problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o
seu controle, considerando aspectos humanitá- rios, econômicos e de saúde
pública.
Diagnosticar e tratar correta e
prontamente os casos de TB pulmonar são as principais medidas para o controle
da doença. Esforços devem ser realizados no sentido de encontrar precocemente o
paciente e oferecer o tratamento adequado, interrompendo a cadeia de
transmissão da doença. A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente todos os casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos
secos de partículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do
doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). Os
doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva,
são a principal fonte de infecção. Doentes de tuberculose pulmonar com
baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo à cultura, são muito
menos eficientes como fontes de transmissão, embora isso possa ocorrer. As
formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença.
O tratamento dos bacilíferos é a
atividade prioritária de controle da tuberculose, uma vez que permite
interromper a cadeia de transmissão. A transmissibilidade está presente desde
os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de
tratamento efetivo. Na prática, quando o paciente não tem história de
tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se
considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo melhora clínica, o
paciente pode ser considerado não infectante. No entanto, com base em
evidências de transmissão da tuberculose resistente às drogas, recomenda-se que
seja também considerada a negativação da baciloscopia.
A suscetibilidade à infecção é
praticamente universal. A maioria das pessoas resiste ao adoecimento após a
infecção e desenvolve imunidade parcial à doença. No entanto, alguns bacilos
permanecem vivos, embora bloqueados pela reação inflamatória do organismo.
Cerca de 5% das pessoas não conseguem impedir a multiplicação dos bacilos e
adoecem na sequência da primo-infecção. Outros 5%, apesar de bloquearem a
infecção nesta fase, adoecem posteriormente por reativação desses bacilos ou em
consequência de exposição a uma nova fonte de infecção. Essa reativação não é
mais comum em crianças, mas sim, principalmente, em pessoas imunocomprometidas
como portadores de HIV.
A prova tuberculínica – PT consiste
na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para
medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, em adultos e
crianças, para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB).
Logo, a tuberculose é um problema
de saúde pública no Brasil e a prevenção de novos casos requer conhecimentos
sobre a possibilidade de transmissão plena, na forma pulmonar bacilífera,
enquanto o doente não iniciar tratamento.
Resposta A
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.