1º Estágio: Confiança versus desconfiança (0 a 18 meses)
A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a refletir-se nas relações futuras.
2º Estágio: Autonomia versus vergonha/dúvida (18 meses a 3 anos)
É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autônoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha.
3º Estágio: Iniciativa versus culpa (3 a 6 anos)
É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade.
4º Estágio: diligência (produtividade) versus inferioridade (6 a 12 anos)
A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz.
5ª Estágio: identidade versus confusão de identidade (puberdade e adolescência)
É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência.
6º Estágio: Intimidade versus isolamento (21 aos 40 anos)
A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade) duráveis com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem troca de afetos com intimidade.
7º Estágio: Generatividade versus
estagnação (35 aos 60 anos)
É caracterizado pela necessidade em orientar a geração
seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de
afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a possibilidade do
sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas.
8º Estágio: Integridade versus
desespero (a partir dos 60 anos)
É favorável uma integração e compreensão do passado
vivido. É a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do
que se fez da vida. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de
poderes físicos, sociais e cognitivos, este estágio é mal ultrapassado.