Considere a leitura do excerto a seguir para responder à questão.
[...] a primeira campanha a ser feita, por todos na sociedade, é a favor da mudança de atitude.
Cada um de nós, professor ou não, precisa elevar o grau da própria auto-estima linguística:
recusar com veemência os velhos argumentos que visem menosprezar o saber linguístico
individual de cada um de nós. Temos de nos impor como falantes competentes de nossa língua
materna. Parar de acreditar que “brasileiro não sabe português”, que “português é muito difícil”,
que os habitantes da zona rural ou das classes sociais mais baixas “falam tudo errado”. Acionar
nosso senso crítico toda vez que nos depararmos com um comando paragramatical e saber
filtrar as informações realmente úteis, deixando de lado (e denunciando, de preferência) as
informações preconceituosas, autoritárias e intolerantes.
(BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 2004, p. 115)