Bordenave (1999) sistematiza as repercussões dessa corrente pedagógica, tanto em nível individual quanto social, como descrito a seguir:
• Em nível individual: (a) hábito de tomar notas e memorizar; (b) passividade do aluno e falta de atitude crítica; (c) profundo "respeito" quantos fontes de informação, sejam elas professores ou textos; (d) distância entre teoria e prática; (e) tendência ao racionalismo radical; (f) preferência pela especulação teórica; e (g) falta de "problematização" da realidade.
• Em nível social: (a) adoção inadequada de informações científica e tecnológica de países desenvolvidos; (b) adoção indiscriminada de modelos de pensamento elaborado em outras regiões (inadaptação cultural); (c) individualismo e falta de participação e cooperação; e (d) falta de conhecimento da própria realidade e, conseqüentemente, imitação de padrões intelectuais, artístico e institucionais estrangeiros; submissão à dominação e ao colonialismo; manutenção da divisão de classes sociais (status quo).
PEREIRA, Adriana Lenho de Figueiredo. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 19, n. 5, p. 1527-1534, Oct. 2003