Bom esse termo captação me deixou um pouco confusa, acredito que esteja falando da captação dos tecidos, se não for me corrijam... então vamos lá...
quando uma pessoa respira um anestésico inalatório por tempo suficientemente longo para que todos os tecidos estejam equilibrados, a pressão parcial do anestésico em todos os tecidos será igual à sua pressão pacial no gás inspirado. Embora sua pressão parcial possa ser igual em todos os tecido, a concentração de anestésico em cada tecido será diferente. De fato, os coeficientes de partição são definidos como a razão entre as concentrações de anestésico em dois tecidos quando as pressões parciais nos dois tecidos são iguais. Os coeficientes de partição sangue:gás, cérebro:sangue e gordura:sangue são diferenças devido a solubilidade de alguns tecidos do que em outros.
Na prática há equilíbrio quando a pressão parcial do gás inspirado é igual à do gás (alveolar) expiratório final. Para os inalatórios que não são muito solúveis no sngue ou em qualquer outro tecido, o equilíbrio é rapidamente obtido, como acontece com o óxido nitroso por exemplo. Se um agente for mais solúvel em um tecido como a gordura, o equilíbrio pode tardar muitas horas. Isso ocorre porque a gordura representa um enorme reservatório para o anestésico que será preenchido apenas lentamente devido ao fluxo sanguíneo modesto para esse tecido. A anestesia será produzida quando a pressão parcial do anestésico no cérebro é igual ou maior que a CAM (concentração alveolar mínima). Como o cérebro é bem perfundido, a pressão parcial anestésica no cérebro igual-se àquela do gás alveolar (e no sangue) no decorrer de alguns minutos. Portanto a anestesia é obtida logo após a pressão parcial alveolar alcançar a CAM.
A eliminaçao se dá por um processo reverso ao da captação.
Goodman e Gilman, 2ed, Manual de Farmacologia Terapêutica, página 319.