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ID
1334959
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - NAUFRÁGIO IMINENTE

Luís Garcia, O Globo, 20/03/2012

É da natureza dos partidos políticos divergirem uns dos outros. O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita, simplesmente, isso acontece porque todos eles buscam o poder - e também acontece que o poder não dá para todos.

Nada é mais natural e até saudável, portanto, que cada um defenda seus interesses e suas ambições baixando o porrete, verbalmente, é claro, nas costas dos demais.

Às vezes, no entanto, eles se juntam na busca de algum objetivo comum. É o que está acontecendo agora. Todas as legendas que compõem o cenário político estão unidas na perseguição de um objetivo comum: derrubar uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

O TSE decidiu, por quatro votos contra três, que, nas eleições deste ano, o registro das candidaturas dependerá da aprovação das contas da campanha de 2010. Não parece ser exigência descabida. Contas não aprovadas são prova óbvia de malandragem ou incompetência - com óbvia tendência, dirão cidadãos mais espertos ou de melhor memória, de mais casos da primeira hipótese.

É preciso registrar que a exigência de ficha limpa está limitada às eleições de dois anos atrás. Provavelmente, os ministros, por bondade de seus corações ou simplesmente por bom-senso, consideraram que poucas legendas - ou, quem sabe, nenhuma delas - sobreviveria a uma inquirição mais ampla.

Note-se, com alguma tristeza - mas talvez sem surpresa -, que estamos diante de uma atitude rara, se não for absolutamente inédita: qual foi mesmo a última vez que todos os partidos políticos brasileiros uniram-se na defesa de uma causa?

É também curioso e lamentável que a iniciativa dos partidos entre em choque com uma exigência que nasceu de um raríssimo - se não tiver sido inédito - movimento de origem popular (ou seja, sem qualquer ligação com políticos e seus partidos), a campanha da Ficha Limpa. E também não há demérito para o TSE numa associação de sua exigência de contas limpas com aquela recente, mas já histórica, campanha popular.

No fim das contas, os partidos, unidos como talvez jamais tenha acontecido antes - pelo menos na discussão de questão intrinsecamente política -, estão remando contra a correnteza duplamente: enfrentam tanto a vontade expressa da opinião pública como uma decisão explícita da Justiça Eleitoral. Um naufrágio parece tão iminente quanto indispensável.

“...e também acontece que o poder não dá para todos”; com essa frase o autor do texto nos afirma que:

Alternativas
Comentários
  • dúvida entre A e C. algué,?  para mim é a típica questão que tem mais de uma resposta...e vc só tem que adivinhar qual foi a escolhida pela banca examinadora ¬¬

  • Considerei como correta a A. Não consigo entender como correta a C.

  • tbm tenho duvidas entre a e c.

  • Também considerei a A como correta.

  • Acho que o erro da letra A está na restrição, o texto diz em poder -mandar-, não de ganhar eleição ou não. Há casos que políticos eleitos não têm qualquer poder de mando,são meros coadjuvantes no cenário eleitoral.

  • Ainda sem entender a C...

  • Essa banca é estranha....

  • Pessoal, a frase ta relacionada aos políticos que foram eleitos em eleições passadas e fazem parte do Congresso. Os partidos divergem entre si pois todos buscam o poder, que é o que? altos postos de comando dentro da política brasileira. Um tenta derrubar o outro ou fazem alianças entre si para derrubarem outros partidos e irem subindo. Governador é uma pessoa só, Presidente, Ministro, etc, ou seja, poucos privilegiados. A frase não faz referência aqueles que se candidatam e não são eleitos.

  • Exatamene Marcelo, eu fiquei entre a C e D pois são as que condizem com o unico jeito de PARTIDOS conseguirem mais poder,a letra A que todos estão falando ,envolve os CANDIDATOS...