· A - A incisão no couro cabeludo é denominada trimastoide e ocorre em um plano frontal. (incisão bimastóidea)
· B - Para estabilizar a cabeça, é utilizado um cepo de madeira sob pescoço do cadáver. (correto)
· C - Em crianças com idade superior a 10 anos, a craniotomia deve ser feita com tesoura. (ruginga e serra são utilizados)
· D -Para a completa remoção da calota craniana, deve-se utilizar o enterótomo nos sulcos feitos pela serra. (ruginga e serra são utilizados)
· E - A secção da calota craniana ocorre no plano sagital. (é na calvária)
EXAME INTERNO: Com o cadáver em decúbito dorsal, um cepo de madeira (LETRA B) é colocado sob a nuca, e inicia-se uma incisão bimastóidea vertical (LETRA A), tendo o cuidado de desvia-lo se porventura houver alguma lesão traumática em seu caminho.
Rebatem-se para frente e para trás os retalhos do couro cabeludo, utilizando-se uma rugina (LETRA C - não é enterótomo).
Em seguida, retira-se o periósteo da calvária, desinserindo e rebatendo os músculos temporais.
Depois serra-se a calvária em sentido horizontal (LETRA E), com o cuidado de não aprofundar-se em demasia, para não lesarem os planos mais profundos.
A serra mais indicada é a do tipo Stryker, própria para ossos, mas também podem ser utilizadas serra de gesso ou até mesmo serras manuais.
Retirada a calvária, é feita a retirada das meninges, cortando-se a dura máter rente ao corte de serra da calvária.
O encéfalo é então tracionado levemente para trás, até se expor a tenda do cerebelo, que é seccionada.. Também deve ser seccionada neste momento a medula espinhal. Desta forma todo o encéfalo é liberado, sendo retirado para exame. Geralmente após a inspeção do encéfalo, nele são realizados vários cortes transversais, geralmente feitos com a faca de Collin. Na base do crânio, é descolada toda a dura –máter, para se examinar todas as fossas cranianas.
A questão avalia os conhecimentos do candidato em técnicas de necropsia.
A) ERRADO. A incisão no couro cabeludo é denominada bimastoide, de um processo mastoide ao contralateral, e não trimastoide.
Inicialmente, a incisão no couro cabeludo, chamada de bimastóide, deve ser feita cerca de 1 a 2cm atrás da borda inferior do pavilhão auricular direito, estendendo-se pela convexidade do crânio até alcançar o ponto correspondente contralateral. As duas partes devem ser descoladas da calota craniana e rebatidas: a anterior até próximo das órbitas e a posterior até a protuberância occipital externa. A linha de incisão começa e termina na altura do vértice das apófises mastóides e passa pelo ápice da cabeça, de modo a se obterem dois retalhos: um anterior e outro posterior.
B) CERTO. Para facilitar a incisão do couro cabeludo, coloca-se um cepo debaixo do pescoço do cadáver, em posição de decúbito dorsal, a fim de levantar a cabeça.
C) ERRADO. O uso corrente de abrir o crânio com serra é eficiente para crianças maiores, ainda que não seja aconselhável em fetos e recém-nascidos, nos quais está indicado o emprego de tesouras fortes para efetuar um corte em forma de cruz, no sentido das fontanelas e linhas de sutura, separando-se os ossos como se fossem pétalas de uma flor.
D) ERRADO. Não se deve cortar completamente o osso com a serra - a porção interna da tábua óssea deve ser quebrada com raquítomo e martelo (e não com enterótomo). Deve-se proceder desse modo para evitar lesões do cérebro e também porque as bordas irregulares, assim formadas, poderão fornecer pontos de fixação para a calota após o fechamento do couro cabeludo.
Enterótomo é uma tesoura formada por uma ponta protegida por uma espécie de capuz moldado a partir da própria lâmina e outra ponta romba. A ponta protegida é inserida na luz de órgãos como intestino, estômago e coração, orientando o corte sem danificar a estrutura interna
E) ERRADO. A incisão bimastoide utilizada no crânio não é sagital, e sim vertical. A linha de incisão começa e termina na altura do vértice das apófises mastoides e passa pelo ápice da cabeça, de modo a se obterem dois retalhos: um anterior e outro posterior.
Gabarito do professor: Alternativa E.