CERTO
Cada ponto na curva de indiferença rende a mesma utilidade, logo, o consumidor será indiferente sobre qualquer cesta de consumo ao longo da curva. Uma inclinação positiva da curva de indiferença de fato violaria a premissa do "Quanto mais, melhor" (monotonicidade). A monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa.
Obs.: Quando temos um bem que é um “mal”, que apresenta, para qualquer nível de consumo, utilidade marginal negativa (faz decrescer a utilidade do consumidor), então, as curvas de indiferença deste consumidor serão positivamente inclinadas.
Gab. C
Se houvesse uma curva de indiferença inclinada para cima, o consumidor seria indiferente entre duas cestas de mercado, mesmo que uma delas tivesse mais dos dois bens, ou seja, de alimento e vestuário, do que a outra.
Quer uma visualização gráfica? Basta desenhar uma curva de indiferença positivamente inclinada e depois traçar uma linha de restrição orçamentária (com inclinação de 45º, partindo da origem) cruzando dois pontos dessa curva de indiferença. Um dos pontos possui (x, y) e o outro possui (2x, 2y).
Como há duas cestas de iguais preferências, e uma tem o dobro de quantidade da outra, há comprometimento da premissa que "mais de um bem é melhor do que menos".
Já quando a curva é negativamente inclinada, não temos esse problema, porque a linha de restrição orçamentária tangência a curva de indiferença; há apenas "um ponto".
Fonte adaptada: Microeconomia. Robert S. Pindyck, Daniel L. Rubinfeld; – 8. ed. – São Paulo, 2013; p. 72