Autor: Victória Sabatine , Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social
No cotidiano do exercício profissional, a aparência e a imediaticidade são colocadas a todo o tempo para o assistente social. No entanto, para que de fato o profissional proponha projetos e intervenha de forma satisfatória nesta realidade é necessário, primeiramente, que ele conheça tal realidade, suas contradições, desmistificando seu objeto de intervenção. Assim, para uma análise de conjuntura algumas categorias são fundamentais para apreendermos a realidade em questão, a saber podemos destacar o acontecimento em si e de que modo ele pode interferir nas vidas das pessoas, qual o seu impacto (positivo ou negativo) para elas; o cenário, apreendendo qual a especificidade política, social, cultural, de onde ocorreu o acontecimento; os atores sociais envolvidos, de qual classe pertencem, se da classe trabalhadora ou da burguesia, de qual categoria profissional, se representam algum movimento e ou sindicato; a relação de forças presentes, observando as relações entre os atores sociais, os movimentos, os indivíduos, os grupos de pessoas, as classes sociais envolvidas no acontecimento, sendo que tais relações podem se dar de distintas maneiras, seja de confronto, devido ao embate por interesses antagônicos, seja de cooperação, quando se possui o mesmo objetivo. Além de que, serão explicitadas na relação de forças, aquelas que são de domínio, quando uma classe por algum motivo possui domínio sobre a outra e, por conseguinte, aquelas de subordinação. Também pode ser que essa relação seja de igualdade entre os atores. Portanto, para analisar e conhecer uma determinada conjuntura, movimento este que não é neutro e possui uma direção política e ideológica, é importante também a escolha de uma perspectiva teórico-metodológica crítica que contribua para elucidar as categorias descritas.
RESPOSTA: A