Ao meu sentir, a questão é controversa. O texto enuncia que o ringue, que é o espaço onde ocorrem as competições do MMA, possui a finalidade de: "para deixar os lutadores com mais espaço para as lutas". Depois, enuncia que "a modalidade tem regras e acompanhamento médico obrigatório para que o esporte apague o estigma negativo". Pergunta-se: Em que momento o enunciado indica qual seria o "estigma negativo"? Seria o estigma negativo que o examinador entende subjetivamente ser? Ou seria o estigma pela "visão geral da sociedade"? Não há parâmetros para se concluir pela primeira ótica. Não visualizei passagem alguma que pudesse enunciar que a sociedade entendesse isso. Se isso foi verdade, e está embasado numa maioria, esta informação é extratextual. Ao contrário, vislumbrei que no passado havia menos regras e que o "vale tudo" era mais violento - até da para "entender isso". Entrementes, a violência pode, e foi, componente da história do evento. Até hoje a violência existe! A competição é com violência! Não se dança 'ballet' lá. Entrementes, a violência foi antes, e também é agora, tolerada com base no consentimento daqueles que participam do evento. Para esclarecer, pergunta-se: seria o grau de violência um fator determinante do "estigma negativo" ao qual teria sido referido pela banca!? Não pode ser. Não pode porque o enunciado, em momento algum, traçou o anglo da visão no qual estaria sendo visto o evento. A mera visão geral do evento não implicaria automaticamente interpretação de que o passado, o vale tudo, teria de ser "algo negativo". Os atletas mais antigos, bem como, admiradores tendem a ver o vale tudo como um clássico e não como um estigma negativo. Só esse fato anularia a conclusão advinda da afirmativa de que a existência de negatividade nas lutas que ocorreram anteriormente a nominação da competição em MMA. (...) Assim, entendo que a alternativa extrapolou os limites do enunciado. Candidato não é adivinho! Possui uma premissa oculta que rotulam os eventos passados com negatividade. Talvez seja essa a visão da revista, e de quem escreveu-lhe o respectivo artigo. A múltipla-possibilidade de conclusão leva à controvérsia da questão. Sistematicamente, por ser de natureza objetiva, a questão não suporta esse tipo de inferência. Isso posto, a questão deveria ser anulada. (...)