Dimaggio e Powell (1983) dividem os isomorfismos em três categorias:
• Coercitivo: resultam de pressões formais e informais, impostas para a organização
através de forças legais, situações circunstanciais, expectativas sociais, mudanças de
cenário organizacional e outros motivos. Desta forma entende-se que as
organizações se tornam isomórficas coercitivamente quando se tornam parecidas por
motivos impostos por força, pressão e coerção de agentes externos;
• Mimético: resultam das incertezas de mercado, ambiguidade organizacional e
desvantagens perante a concorrência em determinado setor ou indústria levam a uma
necessidade de estabilidade e equilíbrio organizacional que levam muitas empresas a
imitar comportamentos ou reproduzir os comportamentos utilizados em outras
organizações, desta forma assegurar o funcionamento organizacional;
• Normativo: resulta primariamente da profissionalização coletiva de membros de uma
mesma ocupação, ou seja, membros de uma mesma classe buscam a
profissionalização e a capacitação para sua ocupação organizacional, recebem
mesmo conhecimento e reproduzem esse conhecimento nas atividades que exercem
dentro de organizações diversas. Assim esses profissionais tornam as organizações
mais parecidas devido à formação e conhecimento semelhantes (DIMAGGIO;
POWELL, 1983)
http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/resultado/trabalhosPDF/184.pdf
Teoria Institucional
Criada por Meyer em 1977, impulsionada em 1983 através de um artigo
de DiMaggio e Powell intitulado “A Gaiola de Ferro Revisitada”
descortinava uma abordagem que debatia o isomorfismo organizacional,
quando uma empresa copia modelo, processo ou aspectos de outra para
obter maior visibilidade, competitividade, legitimidade ou unidade
frente a seu campo organizacional.
Um campo organizacional é formado por um grupo de organizações que
juntas constituem uma área reconhecida da vida institucional, podendo
ser percebido entre parceiros, concorrentes, cadeias produtivas,
verticais ou horizontais. Os quatro elos desta corrente são: Interação x
Dominação x Informação x Pertença.
O isomorfismo pode ser competitivo ou institucional, tendo este último
três possibilidades que podem ser percebidos de forma preponderante:1º. O Isomorfismo Competitivo resume-se a assemelhar-se em questões
ligadas a “um sistema racional que enfatiza a competição de mercado,
mudança de nicho e avaliação de aptidão, comuns nas áreas de livre
mercado e competição”;
2º. O Isomorfismo Institucional Coercitivo cede a pressões formais e
informais, explícitas ou sutis, em coerção, persuasão ou conluio,
governamental (ambiente, legais, fiscais) ou na busca de inclusão,
aceitação ou legitimidade (colocar-se como uma empresa politicamente
correta, ética e sustentável);
3º. Isomorfismo Institucional Normativo é baseado em
profissionalização, no cognitivo, congressos e eventos, regulamentação
ou legitimação, na contratação de pessoas com expertise de interesse, em
um processo de seleção de RH baseado em premissas comuns ao seu campo
organizacional;
4º. Isomorfismo Institucional Mimético, este é o mais curioso, que
motivado por incertezas, metas ambíguas, tecnologias insuficientes ou
benchmarks há um mimetismo consciente ou mesmo inconsciente, algumas
vezes ocorre mesmo em dissonância aos valores da empresa ou sua cultura
organizacional, mesmo assim gera oportunidades e riscos, incentivando
inovação ou ao contrário, conflitos de poder.