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Quanto a alternativa A , resistência de quem?
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Maximo, a resistência refere-se aos ideais burgueses e neoliberais. A questão é falsa, pois houve essas resistências, uma vez que a instituição do SUS como direito constitucional causaria, como ainda causa muito desconforto aos privatistas, que colaboram para a efetivação de um modelo privado, centrado no paciente e na doença. Podemos ver com isso, que há uma correlação de forças e disputas ideológicas!
Espero ter ajudado!! =*
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A instituição do Sistema Único de Saúde (Lei Orgânica da Saúde - LOS: Lei n. 8.080/90 e 8.142/90) no Brasil não foi um processo realizado sem resistências e lutas. Ele é fruto da luta do movimento sanitarista e movimentos sociais que realizaram desde a década de 1970 uma intensa mobilização em torno da efetivação da saúde como uma política pública, preconizando um sistema de saúde público, gratuito e universal. Ademais, realizou críticas ao modelo hospitalocêntrico, pautado em práticas curativas, individualistas, que ainda estava vigente no país. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, com forte apelo popular e dos movimentos citados, a saúde passa a integrar a seguridade social brasileira como uma política pública, de direito de todos e dever do Estado, constituindo um dos maiores sistemas de saúde do mundo. É claro que essa vitória dos movimentos sociais e sanitarista não se deu sem resistência por parte da classe dominante, visto que esta última está mais em consonância com o modelo de saúde privatista, extremamente lucrativo, e propõe o desfinanciamento do Estado no que se refere às políticas públicas. O projeto de reforma sanitária, uma das expressões pela luta por uma saúde pública e universal, presente no cenário político desde a ditadura militar, adquire peso justamente com a redemocratização do país na década de 1980. Entretanto, logo após a conquista da elaboração da Constituição Federal que incorporou preceitos daquele movimento e outros direitos para a classe trabalhadora, o país nos anos de 1990 inicia a adoção ao Consenso de Washington e a agenda neoliberal, os quais preconizavam uma contrarreforma do Estado, baseada em conceitos advindos da administração pública gerencial. Destarte, o Estado passa a desfinanciar diversas políticas públicas e sociais, acusadas de sobrecarregarem a máquina estatal. Além disso, diversos serviços passam a ser amplamente mercantilizados como a saúde e a educação. Assim, apesar do sucateamento da saúde e o crescimento substancial da inciativa privada nesse campo, o SUS ainda resiste como um sistema público e universal, atendendo grande parte da população brasileira.
RESPOSTA: A
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O modelo médico-assistencial privatista, também identificado como modelo médico hegemônico, hospitalocêntrico ou biomédico, predomina no sistema de saúde brasileiro. (não no SUS)
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( F) Os avanços preconizados pela Constituição Federal para a saúde, por meio dos dispositivos legais, são implementados sem resistências.
( V) O projeto de reforma sanitária adquire vulto no contexto da reforma gerencial do Estado brasileiro e da reordenação institucional das Políticas de Saúde.
( F) A saúde se torna mercadoria e passa a predominar o modelo assistencial privatista no conjunto do Sistema Único de Saúde.
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Essa questão foi ANULADA pela banca FGV.