A síndrome compartimental (SC) é definida como o aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado, podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas provocando dano tecidual[..]O quadro clínico inicial é caracterizado por dor importante e edema, ocorrendo manifestações tardias como a ausência de pulsos distais, parestesias de extremidade, e hipoestesia. Os compartimentos mais afetados são aqueles que possuem uma menor capacidade elástica de seus ossos e fáscia. No corpo humano há 46 compartimentos, preenchidos por musculatura, nervos e vaculatura, sendo nove encontrados no tronco enquanto o restante está nas extremidades . Em torno de 45% dos casos de SC é causado por fraturas dos ossos da perna. Outras causas além das fraturas incluem lesões vasculares, traumatismos por esmagamento e lesões por overuse[..]
O tratamento da síndrome compartimental aguda é cirúrgico, através da fasciotomia, que libera os músculos com a abertura da fáscia no compartimento acometido, descomprimindo-o. Também pode ser realizada uma fasciectomia, que seria a retirada da fáscia ao invés de apenas abri-la. Sempre quando é a feita a fasciotomia com a liberação da aponeurose, faz-se uma dermotomia, pois a pele nesse caso pode atuar como um torniquete impedindo a expansão dos tecidos .(Alvez et al, 2011)