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ID
1379215
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha que numa economia fechada, o comportamento do setor de bens e serviços possa ser descrito pelas seguintes equações do modelo keynesiano simples:

C = 100 + 0,8 Yd
I = 250 + 0,15 Y
G = 300
T = 50 + 0,25 Y

Onde:

C = Consumo de bens e serviços
Y = Renda
Yd = Renda Disponível
G = Gastos do Governo
T = Tributação

Nessa economia,

Alternativas
Comentários
  • No equilibrio keynesiano simples:

    Y = DA

    Y = C + I + G, então:

    questao a)

    multiplicador do G = 1/1-b

    b é a PmgC, e

    Yd = Y - T, o que implica: C = 100 + 0,8 (Y - T)

    T = 50 + 0,25Y

    I = 250 + 0,15Y

    então:

    Y = (100 + 0,8(Y -(50 + 0,25Y)) + (250 + 0,15Y) + (300)

    Y = 610 + 0,75Y

    b = 0,75.

    G = 1/1-0,75 = 1/0,25 = 4. Resposta a.


  • Multiplicador de Gastos do Governo ou Multiplicador Keynesiano (MK)

    MK = 1 / 1-c (1-t) + m - i

    onde:
    c = 0,8
    t = 0,25
    i = 0,15


    MK = 1 / 1 - [0,8 (1-0,25)] + 0 - 0,15

    MK = 1 / 1- (0,8 x 0,75) - 0,15

    MK = 1 / 1 - 0,6 - 0,15

    MK = 1 / 0,25

    MK = 4

  • Calculamos o multiplicador para uma economia que tem propensões a consumir, investir e tributar assim:

    K =1/(1-c+ct-i)=1/(1-0,8+0,8(0,25)-0,15)=1/(1-0,8+0,2-0,15)=1/0,75=4

    Ou seja, nosso gabarito já é a letra A. Mas vejamos os erros das demais alternativas.

    Vamos calcular o nível da renda para esta economia fechada:

    Y = C + I + G

    Substituindo os valores:

    Y=100+0,8Yd+250+0,15Y+300

    Sabendo que a renda disponível é a diferença entre a renda de fato e a tributação, temos:

    Y=0,8(Y-T)+250+0,15Y+300

    Então, substituímos o valor da tributação T:

    Y=0,8(Y- 50- 0,25Y)+250+0,15Y+300

    Fazendo as contas:

    Y=100+0,8(0,75Y- 50)+250+0,15Y+300

    Y=100+0,6Y- 40+250+0,15Y+300

    Isolando Y:

    Y-0,6Y-0,15Y=100- 40+250+300

    0,25Y=610

    Y=610/0,25=2.440

    Logo, a alternativa B está errada.

    Basta calcularmos a diferença entre o que o governo arrecada e o que ele gasta para sabermos o seu resultado fiscal:

    RF = T – G

    Substituindo os valores:

    RF = 50+0,25Y – 300

    Como sabemos o valor de Y:

    RF = 50+0,25(2.440) – 300

    RF = 50+610 – 300

    RF = 360

    Note que a C está errada!

    O multiplicador dos gastos é que é 4. Logo, é certo que o da tributação é menor do que isso. Errada a D!

    Por fim, está errada a “E” porque a questão não traz nenhuma relação entre investimento e juros.

    Resposta: A

  • GAB: LETRA A

    Complementando!

    Fonte: Prof. Celso Natale

    É preciso ter tática para resolver esse tipo de questão. Caso  contrário, elas podem ficar bem trabalhosas e dispenderem um tempo considerável. Então, após ler o enunciado, leia rapidamente as alternativas. 

    Ao  fazer  isso,  você  perceberá  que  a  alternativa  “E”  é  claramente  errada,  já  que  não  foi estabelecida nenhuma relação entre investimentos e taxa de juros real no modelo do enunciado. 

    As alternativas B e C exigem que saibamos o nível de renda de equilíbrio. Fazendo isso, matamos dois coelhos com uma cajadada: 

    • Y=C+I+G 
    • Y=100+0,8(Y-50-0,25Y)+250+0,15Y+300 
    • Y=650+0,8Y-40-0,2Y+0,15Y 
    • Y=610+0,75Y 
    • 0,25Y=610 
    • Y=2.440 

    Bem,  sendo  a  renda  de  equilíbrio  2.440,  temos  que  a  alternativa  B  está  errada.  E  ficou  fácil avaliarmos a alternativa C. O superávit do governo é obtido com T-G. Então: 

    • SUP = T - G 
    • SUP = (50+0,25.2440) - 300 
    • SUP = (50 + 610) - 300 
    • SUP = 660 - 300 
    • SUP = 360 

    Aí está. A alternativa “c” também está errada. 

    Só restaram as alternativas “a” e “d”, e ambas são sobre multiplicador. Se fosse para chutar, eu tranquilamente marcaria o gabarito  “a”, posto que o multiplicador da tributação sempre será negativo, posto que ela diminui a renda disponível. 

    O multiplicador dos gastos considerados autônomos, como é o caso dos gastos do governo aqui, é dado por: 

    • kA = 1 ÷ (1-c+ct+m)

    Como não há a figura do resto do mundo, podemos presumir que “m” é igual a zero. Além disso, os  investimentos,  neste  caso,  não  são  autônomos,  então  precisamos  subtrair  a  propensão marginal a investir do denominador. Vamos colocar os demais dados: 

    • kA = 1 ÷ (1-c+ct+m)
    • kA = 1 ÷ (1-0,8-0,15+0,8.0,25+0)
    • kA = 1 ÷ 0,25
    • kA =4