SóProvas


ID
1383325
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Contraste entre discurso e realidade


    No contexto político em que vivemos, sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia. Se para Sócrates a verdade está ligada à sabedoria humana, o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são. Na profundidade do pensamento de Santo Agostinho, a verdade não é minha e nem tua para que seja nossa, ou, como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino, a verdade é a adequação entre a inteligência e a coisa, ou seja, a realidade das coisas. Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto das atuais propagandas políticas.
    O que chama atenção de todos nós neste momento é que nos debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade, pois os mesmos não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas, e carece de humildade para dizer que a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo, ou que outros do meu partido estão afirmando, subestimando o todo, e, portanto, nunca poderá ser nossa no sentido mais amplo. Esquecemo-nos muitas vezes de sublinhar que a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado publicamente no discurso.
    A maquiagem marqueteira que conduz os atores políticos esconde o significado profundo da verdade, resultando em debates carentes em profundidade de argumentos, e não imbuídos de verdade sobre a realidade, limitando-se a discussões acusativas, ofensivas e contraditórias. Os contrastes entre o discurso e a realidade, a riqueza de experiências humanas dos candidatos e a superficialidade de suas propostas, a carência de discussões e debates de temas de relevância para o país, entre outros, estiveram distantes de nossas propagandas políticas nestas eleições.
    Como a verdade é o que nos liberta, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições possamos ter a verdade como princípio inspirador dos debates políticos, não subestimando a inteligência de nosso povo, pois o mesmo conhece bem a realidade das coisas, estando ávido para ouvir as propostas e assumir-las como verdadeiras, subsidiando as suas escolhas e pensando melhor no futuro de nosso Brasil.

                                                                (Adaptado. Josafá Carlos de Siqueira, O Globo, 22/10/2014)

O texto apresenta alguns problemas em sua construção. Assinale a opção que indica uma dessas imperfeições textuais.

Alternativas
Comentários
  • Letra E.
    As letras R,S e Z sempre caem diante dos pronomes o,a,os,as.É necessário, ainda, adicionar a letra L ao pronome : Lo,la,los,las.

    Dica quanto à ortografia : acentuem ignorando o pronome. Por exemplo, irei chamá-lo ou chama-lo ? Esqueçam o LO.Toda oxítona terminada em A deve ser acentuada.Logo, chamá-lo.

  • Segundo o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009, se utiliza o hífen quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra. Nos casos específicos dos prefixos sob- e sub-, também se utiliza hífen quando a segunda palavra começa pela letra r.
    Exemplos: sub-reino, sub-bibliotecário, sub-região, sub-base, …

    Com as restantes consoantes, não devemos utilizar hífen com o prefixo sub-.
    Exemplos: subestimar, subgerente, subsolo, subclasse, …

  • O correto então seria assumí - las?

  • Usa-se Santo antes dos nomes que principiam por vogal ou H: Santo Agostinho, Santo Inácio, Santo Hilário, etc. Nos outros casos, usa-se a forma apocopada São: São Pedro, São Paulo, São João, etc.

    Segundo o Dicionário Aurélio, a única exceção, rigorosamente, é Santo Tirso, pois as outras exceções comumente citadas apresentam as duas formas: é o caso de Santo Tomás ou São Tomás. O uso de Santo Tomás, em substituição a São Tomás, é apenas por razão eufônica, pois para quem ouve, São Tomás pode soar como Santo Más.

     

  • Acredito que a "assum'í-las" (com acento) está errado, pois trata-se de uma oxítona terminada em "i",  e as oxitonas terminadas em "i" NÃO SÃO ACENTUDADAS. 

  • olha eu tb não entendi esse acento aí na E.

    pois nao se considera a terminação "la" como parte do verbo

    nao acentua oxitonas terminadas em I (só se fosse caso de hiato)

    se alguem tiver alguma explicação por favor ?