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ID
1403314
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

João levou sua esposa Lucia a uma emergência onde relatou que ela se recusava a amamentar o filho de 15 dias, alegando que ele havia sido possuído por um “espírito maligno” que tentaria se transferir para seu corpo. Lucia não dormia, cantava hinos religiosos e passou a dizer que cumpriria as ordens para “eliminar o obsessor” que havia invadido a casa. A descrição do quadro apresentado por Lucia é compatível com o diagnóstico de:

Alternativas
Comentários
  • A psicose puerperal (puerpério é a fase que vai até 45 dias após o parto) não é uma psicose à parte: é uma psicose desencadeada pelo parto, assemelhando-se clinicamente às psicoses de curta duração. As psicoses iniciadas após essa fase recebem o diagnóstico de acordo com suas características específicas, não sendo mais classificadas como puerperais.

    Portanto: letra E

    http://www.psicosite.com.br/tra/psi/puerperal.htm


  •  

    Difereça da Psicose Puerperal para Depreesão pós-parto:

    A psicose pós-parto( Puerperal) é o transtorno mental mais grave que pode ocorrer no puerpério. Ela tem prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse percentual maior em casos de mulheres com transtorno bipolar).Geralmente os sintomas se instalam nos primeiros dias após o parto. O sintomas iniciais são de euforia, humor irritável, logorreia (falar compulsivamente), agitação e insônia. Surgem  ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental e despersonalização (sensação de estar fora do próprio corpo).O quadro psicótico no pós-parto é uma situação de risco para a ocorrência de infanticídio (atentado contra a vida do bebê). O infanticídio geralmente ocorre quando ideias delirantes envolvem o bebê, como ideias de que o bebê é defeituoso ou está morrendo, de que o bebê tem poderes especiais ou de que o bebê é um deus ou um demônio. Este quadro é considerado grave e geralmente necessita de internação. Em estado mais graves, as mães possuem o pensamento de matar seus bebês, ou de cometer suicídio

    A depressão pós-parto surge nas primeiras semanas após o parto,  dura entre seis meses e um ano, algumas mulheres tentam esconder a sua depressão por se sentirem culpadas, pelo fato de sentirem tristeza num momento em que os sentimentos esperados deveriam ser de  felicidade.Alguns fatores são comuns logo após o nascimento; a mulher se torna vulnerável emocionalmente e alguns sentimentos são vistos num quadro de normalidade como por exemplo, um certo grau de ansiedade, irritabilidade, perda de apetite, distúrbio do sono, tendência ao choro, instabilidade emocional. Esses sentimentos são respostas ao grau de desconforto físico, estresse associado ao trabalho de parto, mudanças hormonais, efeitos colaterais dos medicamentos e o próprio ambiente hospitalar.Essas mudanças são consideradas dentro de um quadro de normalidade nas primeiras 24 a 48 horas, após o nascimento, não devendo persistir nos dias seguintes, caso contrário um médico deve ser consultado para diagnosticar  se esses sintomas são de um quadro depressivo e começar um tratamento adequado