SóProvas


ID
1403683
Banca
FCC
Órgão
TCM-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto seguinte.

Pátrio poder

Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo
chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A
questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se
fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é
"provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a
influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que
não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por
vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa
hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser
socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e
nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças
com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa
para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com
a dos jovens que os cercam.
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram
um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por
bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças
era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias idades.
Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a)
garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo
sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com
a exacerbação de características mais marcantes. Meninas se
tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno
encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura
onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo
vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir
meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos.
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de
influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e
a escola que frequentará.
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo,
7/12/2014)

É preciso CORRIGIR a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • não consigo saber o erro ..alguem??

  • Acredito que o erro da alternativa A) está "...de que a família seja sua maior responsável..."

  • O erro da letra "a" é por causa do "quando", pois deveria ter sido substituído por "onde", já que este (onde) remete a lugar (escola).

  • entendo que "quando" deveria ser substituído por "já que", marcando uma ideia explicativa e não de lugar. esta última deixaria a frase sem coesão..


  • Entendi dessa forma.

    A) Não há convicção ( não sendo um certeza , mas uma hipótese) de que a família é sua maior responsável...

    Conforme o Ricardo havia falado o erro está no verbo de ligação, que está conjugado no Presente Do Indicativo  cujo modo expresso pelo verbo indica fato certo, preciso ou atitude objetiva; diferentemente do que está escrito na questão, visto que ela é introduzida por uma dúvida "Não há convicção", logo o verbo deveria ser flexionado no modo subjuntivo que expressa estados emocionais, dúvidas etc., por isso o certo seria SEJA  e não É.

  • O acréscimo do "lhe": a formação produzida pelos colegas (sujeito) lhe (erro)  é (verbo de ligação) muito mais relevante (predicativo do sujeito). O verbo não pede o objeto indireto "lhe". Ficou isolado na frase.

  • Dúvida sobre a "D".

    "agora ocorrendo" não seria pleonasmo? Se está "ocorrendo" é presente e, portanto, "agora". Ou estou errado?

  • Parabéns ao belíssimo comentário e o mais coerente da colega Vanessa Christina!

    Aos demais, só achismo.

  • Na minha opinião faltou paralelismo na alternativa D, influência não de grupos de(dos) real convívio, mas dos(de) contatos nas redes sociais.

  • Nagell, creio que a inserção do termo "agora" tem como objetivo mostrar que ocorreu uma mudança nos tempos atuais em relação ao que ocorria antes. 

  • Nagell, o verbo no gerúndio "ocorrendo" não caracteriza pleonasmo na situação em que foi inserido.

    Veja que esse mesmo verbo poderia ser utilizado para referir-se a um evento passado e contínuo; ou seja, não necessariamente refere-se a algo presente, como você considerou. Exemplo: "A crise da água, que está ocorrendo, tem afetado diversos estados".

    Espero ter ajudado!

    Bons estudos!

  • o pronome lhe só pode ser utilizado para retomar objetos indiretos. 
    no caso da alternativa : [...] quando na escola a formação produzida pelos colegas lhe é muito mais relevante.
                                                                                   sujeito          VTI               OI             pronome que retoma formação

  • Meus caros colegas...é isso:

    Não há a convicção de que a família é sua maior  responsável, quando na escola a formação produzida pelos colegas lhe é muito mais relevante.

    Não há a convicção de que a família é sua maior  responsável, quando na escola a formação produzida pelos colegas "sena nada"  é muito mais relevante. ou

    Não há a convicção de que a família é sua maior  responsável, quando na escola a formação produzida pelos colegas o é muito mais relevante.

    refere  "FORMAÇÃO PRODUZIDA". valeu o boi...

     

    O sr. LHE, somente para  PESSOA. "ser humano"

  • Gabarito A


    Produzir - quem produz, produz algo - Verbo Transitivo Direto


    Lhe - substitui objeto indireto, refere-se à pessoa.


  • Eu assinalei a B porque pensei que o uso do "si mesmo" fosse redundante, portanto incorreto. 

    Ninguém mais pensou assim? Algum professor de português pode me dizer se o uso do "si mesmo" é correto?
    Grata.
  • A palavra MESMO quer dar a ideia de reforço.... A aluna mesma fez a lição

  • O erro da letra A não está no "lhe". Segundo o comentário do professor do qconcursos, o erro está na ausência de vírgulas antes e depois da expressão "na escola", que, por ser locução adverbial deslocada, deveria ter vindo entre vírgulas. No mais, o uso do "lhe" está correto, pois, nesse caso, ele não é objeto/complemento verbal, mas sim complemento nominal. A oração,  na ordem correta, ficaria: "quando a formação/ produzida pelos colegas na escola/ é muito mais relevante para ele" ("ele", no contexto do texto, seria aluno, filho, jovem). "produzida pelos colegas na escola" é uma oração subordinada adjetiva reduzida, equivalente a "que é produzida pelos colegas na escola" (voz passiva) ou "que os colegas produzem na escola" (voz ativa). O restante "quando a formação... é muito mais relevante para ele" é a oração principal. "Lhe", nesse caso, vem a substituir a expressão "para ele", funcionando como complemento do adjetivo "relevante"; como se vê, "lhe" não completa o sentido do verbo produzir, nem mesmo integra a oração a que pertence esse verbo. O "lhe" pode ser não apenas objeto indireto como também adjunto adnominal ou complemento nominal. Uma dica é reconstruir a oração, colocando-a na ordem direta, fica muito mais fácil descobrir as funções sintáticas.

  • O erro segundo o comentário do professor, é que o "quando" da letra "a" deveria ser isolado por vírgulas

    "Não há a convicção de que a família é sua maior responsável"," QUANDO ",' na escola a formação produzida pelos colegas lhe é muito mais relevante."

    Destaca ele que isso não deve ser uma verdade absoluta, já que outra banca poderia considerar essa frase certa.Deve-se atentar ao estilo FCC.
  • A professora Junia Andrade explicou essa questão esclarecendo que o erro da alternativa A está em "muito mais relevante", pelo fato de ser uma redundância.
    Quando você diz que uma informação é relevante,  já está dizendo que ela é importante, por tal motivo não pode dizer que ela é "muito mais" relevante.


  • GAB [A] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''NO FUTURO ,VOCÊ VAI SENTIR VERGONHA SE PODENDO TER FEITO ALGO ,CALOU-SE.''