(...) É este posicionamento que nos permite concluir que uma cultura profissional é uma forma identitária e uma experiência partilhada em situação na actividade sociocognitiva. Actividade que explicita e formaliza o trabalho técnico-intelectual. Deste modo, a cultura profissional pode ser uma reflexividade local de resistência e oposição aos processos de racionalização instrumental e, portanto, periférica ao poder central em campos e organizações se apenas procurar a atualização das identidades estatutárias herdadas nos espaços sociais de autonomia profissional. Pode ser também uma reflexividade (local ou em rede, presencial ou virtual) de partilha de identidades narrativas convergentes nos espaços sociais de poder profissional estatutário se tiver em vista promover estratégias que permitam potenciar a autonomia profissional.
Fonte: http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1228400133Z5jYV2yd3Yf59ND2.pdf