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Em relação aos grupos operativos, a sua sistematização foi feita por Pichon Riviére desde 1945, que definiu grupo operativo como "um conjunto de pessoas com um objetivo em comum". Os grupos operativos trabalham na dialética do ensinar-aprender; o trabalho em grupo proporciona uma interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja apenas pelo fato da sua experiência de vida; dessa forma, ao mesmo tempo que aprendem, ensinam também..
Os grupos operativos abrangem quatro campos:
·Ensino-aprendizagem: cuja tarefa essencial é o espaço para refletir sobre temas e discutir questões
·Institucionais: grupos formados em escolas, igrejas, sindicatos, promovendo reuniões com vistas ao debate sobre questões de seus interesses.
·Comunitários: utilizados em programas voltados para a Promoção da Saúde, onde profissionais não-médicos são treinados para a tarefa de integração e incentivo a capacidades positivas.
·Terapêuticos: objetiva a melhoria da situação patológica dos indivíduos, tanto a nível físico quanto psicológico, são os grupos de auto-ajuda, Alcoólicos Anônimos, etc. ( Zimerman, 1997:76)
http://www.smmfc.org.br/gesf/goperativo.htm
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há os grupos operativos e os psicoterápicos. Os operativos cobrem o campo institucional, organizacional, comunitário, com foco psico-educativo, portanto, na modificação desses campos. Os psicoterápicos são classificados a partir da abordagem teórica e têm perspectiva terapêutica. Neste último caso, temos as perspectivas psicodramática, psicanalítica, cognitivo-comportamental e teoria sistêmica (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997).
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O grupo operativo de aprendizagem pode ter enquadramentos muito diferentes em termos de local, duração, tarefa etc. É importante que o coordenador, ao iniciar o grupo, deixe claras todas as regras que forem as constantes do processo. O dispositivo do grupo operativo de aprendizagem é um grupo verbal cuja tarefa assume a forma de um tema para discussão. O coordenador normalmente não participa da tarefa, ou seja, não entra na discussão, não participa do seu conteúdo, procura apenas ver a "estrutura" que o processo toma, tentando verificar o andamento dialético do grupo.
Se o grupo trabalha de modo a permitir o aparecimento e a superação das contradições tanto em seus aspectos racionais quanto emotivos o coordenador não tem necessidade nenhuma de intervir. Entretanto, se o grupo fica preso em um certo nível da espiral, se não é possível a superação dialética, ou seja, se há uma paralisia do movimento no grupo, espera-se que uma intervenção do coordenador possa ajudar a restabelecer o ciclo dialético. Lembramos que Pichon-Rivière acredita que as fantasias inconscientes seriam os obstáculos a esse movimento; nessa perspectiva, a explicitação dos conteúdos latentes seria uma forma privilegiada de atuação do coordenador. No entanto, o que caracteriza a intervenção adequada é seu caráter operativo, ou seja, a possibilidade de restituir o movimento dialético ao grupo, independentemente do modo ou conteúdo da intervenção.
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Mesmo com as explicações dos colegas não ficou claro para mim ...alguém poderia explicar o motivo de está errada? Obrigada