Acho que questão coloca que os profissionais de saúde mental lidam diariamente com o sofrimento humano, e muitas vezes precisam de mecanismos para que possam se controlar psicologicamente para auxiliar o usuário do serviço no momento, ou seja, no curto prazo. Se o profissional também entrar em crise o serviço sucumbe. Porém, a longo prazo é preciso pensar em estratégias para lidar com as emoções advindas desse contato direto e frequente com o sofrimento humano, tais como terapia, espaço para que a equipe dialogue sobre os impactos do trabalho em sua saúde mental, atividade física, dentre outros. Eu sei que somo humanos e nos afetamos com o sofrimento de nossos pacientes, mas estamos no papel de profissional que acolhe, obviamente sem aquela neutralidade utópica, entretanto necessariamente com condições mentais para atender. Por exemplo, profissionais que trabalham em UTI pediátrica se abalam muito com as mortes de crianças, e em muitos momentos precisam de ajuda.