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O final se contradiz com o início, tendo em vista que o indivíduo egoísta não é valorizado numa sociedade utilitarista.
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O utilitarismo é um tipo de ética normativa, segundo
o qual uma ação é moralmente correta se tende a
promover a felicidade e condenável se tende a
produzir a infelicidade, considerando não apenas a
felicidade do agente da ação, mas também a de todos
afetados por ela. Rejeita o egoísmo, opondo-se a que
o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses,
à custa ou não dos outros, e se opõe também a qualquer
teoria ética que considere ações ou tipos de atos
como certos ou errados independentes das consequências
que possam ter.
Seus principais expoentes são Jeremy Bentham e Stuart Mill.
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Análise da questão:
O utilitarismo, inscrevendo-se numa
tradição que remonta a Hobbes e que se inspira em Epicuro, é uma doutrina que
coloca a utilidade como critério ou princípio da atividade do ponto de vista
moral: a moral utilitarista é a teoria racional que permite determinar as
técnicas que garantem o máximo da felicidade individual. Trata-se, em primeiro
lugar, da doutrina de Bentham, que se reduz quanto ao essencial a uma
aritmética dos prazeres, ou seja, a um cálculo egoísta da maior quantidade
possível de felicidade individual, o que leva aliás – por um cálculo
inteligente – a visar o máximo de felicidade para o maior número. O
utilitarismo altruísta de Stuart Mill leva ademais em consideração a qualidade
dos prazeres e conclui que o indivíduo por interesse deve finalmente querer a
felicidade de todos. (DUROZOI; ROUSSEL, p. 478, 1993).
Em uma análise crítica, e relacionando
essa corrente filosófica com o direito, é possível dizer que utilitarismo acaba
por definir uma forma de se fazer direito com base na satisfação da maioria,
sendo que o direito individual só existe quando triunfa sobre um objetivo
social ou sobre a maioria. É nesse sentido que o utilitarismo não “leva a
sério", parafraseando uma das obras de Ronald Dworkin, os direitos individuais
porque propugna uma teoria política baseada em objetivos sociais beneficiosos.
O bem-estar social, ou, a felicidade, é o critério supremo e logo abaixo dele
estão todos os outros valores entre os quais os direitos individuais que não
podem preponderar sobre a felicidade. Dworkin opõe à filosofia utilitarista uma
teoria baseada nos direitos individuais fundamentada na teoria de John Rawls,
atacando o pseudoigualitarismo e as atrocidades que as doutrinas utilitaristas
podem conduzir (CALSAMIGLIA, 1985).
O equívoco da assertiva reside no fato de
considerar como correto o fato de a satisfação individual bastar para a
caraterização do utilitarismo. Está incorreto, eis que utilitarismo
necessariamente envolve maximização do bem-estar de uma maioria.
FONTES:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de
filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CALSAMIGLIA, Albert. ¿Por qué es
importante Dworkin? Doxa: Cuadernos de Filosofia del Derecho, Alicante, v. 02,
p.159-167, 1985.
CRAIG,
Edward. Routledge Encyclopedia of Philosophy. London And New York: Routledge,
1998. 9169
p.
DUROZOI, Gérar; ROUSSEL, André.
Dicionário de Filosofia. Campinas: Papirus, 1993. 511 p. Tradução de: Marina
Appenzeller.
Gabarito: ERRADO
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O Utilitarismo é um tipo de ética normativa - Com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, -- segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não apenas a felicidade do agente da ação mas também a de todos afetados por ela.
O Utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses, mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados independentemente das conseqüências que eles possam ter.
O Utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação ruim no indivíduo.
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12. Teoria do Utilitarismo. Como forma de consequencialismo, é correto entender que o utilitarismo é uma doutrina que busca o bem estar máximo de todos, e, não, de um único indivíduo. Refere-se, então, a uma moral eudemonista contrária ao egoísmo.
Em outros termos, o utilitarismo é visto como um pensamento que leva em consideração a consequência dos atos e opõe-se ao egoísmo. (BIBLIOGRAFIA: RACHID, Alysson. Filosofia do Direito. Concursos e OAB. São Paulo: Revista dos Tribunais, página 78)
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Diferença entre utilitarismo e egoísmo ético https://www.geniolandia.com/13105595/las-diferencias-entre-el-utilitarismo-y-el-egoismo-etico
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GABARITO: ERRADO
O utilitarismo é uma doutrina que avalia a moral e, sobretudo, as consequências dos atos humanos. Caracteriza-se pela ideia de que as condutas adotadas devem promover a felicidade ou prazer do coletivo, evitando assim as ações que levam ao sofrimento e a dor.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/utilitarismo
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COMPLEMENTADO com a própria banca:
O imperativo categórico representa uma ação objetivamente necessária dada pela razão (Q1154141). Por outro lado, o utilitarismo descarta por completo o imperativo categórico kantiano, tirando toda a correção moral de uma razão universal e oferecendo-a ao sujeito (Q1750374).