Prólogo da terceira edição 
       A primeira edição destas Memórias póstumas de Brás Cubas foi feita aos pedaços na Revista Brasileira, pelos anos de  1880. Postas mais tarde em livro, corrigi o texto em vários lugares. Agora que tive de o rever para a terceira edição, emendei alguma  coisa e suprimi duas ou três dúzias de linhas. 
      O que faz do meu Brás Cubas um autor particular é o que ele chama de “rabugens de pessimismo". Há na alma deste livro, por  mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero, que está longe de vir de seus modelos. Não digo mais para não entrar na  crítica de um defunto que se pintou a si e aos outros, conforme lhe pareceu melhor e mais certo.  
                                                                                                                                      Machado de Assis 
                                                                      (Machado de Assis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986) 
Neste prólogo, há uma clara referência ao fato de que