Se a gestante não realizou investigação pra HIV no pré-natal
ou o resultado não pe conhecido deve-se, na admissão da parturiente na
maternidade ser oferecido o teste rápido para o HIV .
A quimioprofilaxia anti-retroviral está indicada para todas
as parturientes com diagnóstico anterior de HIV ou cujo teste rápido tenha sido
reagente no momento do parto, com zidovudina (AZT) por via intravenosa (IV).
Todas as gestantes, independentemente do tipo de parto, devem
receber AZT intravenoso (IV) desde o início do trabalho de parto ou pelo menos
3 horas antes da cesárea eletiva, a ser mantido até o clampeamento do cordão
umbilical, segundo as doses preconizadas.
A via de parto será escolhida em função de situações
obstétricas e/ou da carga viral, de acordo com a avaliação do obstetra e do
clínico/infectologista responsáveis pela gestante. A paciente e seus familiares
devem ser informados sobre os riscos e benefícios da via de parto recomendada.
Se a carga viral for desconhecida e a gestante estiver em
trabalho de parto, com dilatação cervical menor que 4cm e as membranas
aminióticas íntegras, há indicação de cirurgia cesariana eletiva.
Resposta C
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco:
manual técnico. 5. Edição, Editora do Ministério da Saúde, Brasília, 2010.
Manejo da gestante com diagnóstico tardio da infecção pelo HIV
É frequente a detecção tardia da infecção pelo HIV em gestantes. Seu manejo dependerá de diversos fatores, principalmente da idade gestacional (IG). Na idade gestacional tardia, desde que a gestante não esteja em trabalho de parto, deve ser iniciado o uso de terapia antirretroviral combinada. As duas situações descritas abaixo dizem respeito a gestantes sem testagem para HIV conhecida:
a)Após 36 semanas de IG, não estando em trabalho de parto:
Deve-se realizar o diagnóstico da infecção pelo HIV com aconselhamento e consentimento da paciente. Em caso de resultado positivo, coletar amostra para a realização da carga viral e LT-CD4+ (assim como o perfil obstétrico) e iniciar imediatamente a profilaxia ARV, priorizando a cesariana eletiva, com uso de AZT injetável, conforme protocolo.
b) Chegando à maternidade em trabalho de parto:
Deve-se realizar o teste anti-HIV (preferencialmente o teste rápido), com o devido esclarecimento e consentimento da parturiente. No caso de um resultado positivo, quando a gestante estiver em trabalho de parto, recomenda-se o uso de AZT injetável. As gestantes que chegam ao final da gravidez, sem diagnóstico, em trabalho de parto e com teste rápido positivo, devem ser atendidas com prioridade, de forma a iniciar o mais brevemente possível a infusão endovenosa de AZT durante o trabalho de parto.
Após o nascimento, a infusão deve ser suspensa. O recém-nascido deve receber AZT por via oral, com início, de preferência, nas primeiras duas horas de vida.
FONTE: Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes, Ministerio da Saúde, 2010.