No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e  Adultos) Campo Limpo, não se registram advertências aos  estudantes nem há período de recuperação. Alunos com dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade  de um recomeço. “Outros colégios desistem de alguns alunos  tidos como problemáticos e os encaminham para um centro  de ensino de jovens e adultos”, explica a coordenadora da  escola, Cristina Sá.
      Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para  os professores fazerem planejamento. Êda, a diretora do    Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para discutir casos  específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da escola. Neste dia, não há aula. “É um trabalho de  formiguinha”, diz a diretora. Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. “Tem gente que não acredita  em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos”,  afirma Cristina.
      Num dos dias em que a  Folha  visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.
                                                                                                (http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)
 
De acordo com o texto, o Cieja propõe um trabalho educacional