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Nesse caso, o idoso apresenta maior propensão ao uso de serviços de saúde; logo, apresenta mais ônus para a seguradora, essa já sabendo da citada propensão cobra a mais como contrapartida de maior uso dos serviços. Assim, há informação para a seguradora, não se enquadrando, portanto, como falha de informação.
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O problema da seleção adversa, provocado pela assimetria informacional, decorre da escolha ineficiente pelo indivíduo com menor quantidade de informações (seleciona o bem ruim em detrimento do bem de melhor qualidade). No mercado de seguros de saúde o raciocínio da seleção adversa aplica-se da seguinte maneira. Considerando dois tipos de indivíduos (jovens e idosos), a seguradora calcula o valor médio da apólice de seguro a partir das possibilidades dos indivíduos adoecerem. Naturalmente, o valor médio cobrado pela seguradora irá se situar entre as possibilidades dos idosos (que, na média, tendem a adoecer mais) e dos jovens (que, na média, tendem a adoecer menos). Assim, os idosos tendem a demandar mais o plano de saúde do que os jovens, pois estes consideram o valor da apólice acima da sua probabilidade de adoecer. Para minimizar este problema, as seguradoras discriminam o valor das apólices de seguro saúde, de modo que indivíduos idosos (mais de 65 anos) paguem mais pelo seguro do que os indivíduos jovens. A questão é correta. Mas, o CESPE a considerou errada. Uma proposta para recursos encontra-se no livro MICROECONOMIA – Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, 3 ed., 2011 – página 355. Abaixo, segue o excerto do livro da referida página: “Evidentemente, as companhias de seguro atuais estão a par dos problemas de seleção adversa presentes no mercado de seguro e investem recursos significativos para desenvolver métodos que permitam segurados de alto e baixo riscos. Como base neste métodos, as companhias de seguro podem praticar preços mais baixos para segurados com menor risco e mais elevados para segurados com maior risco (abaixo, o livro cita o exemplo de aplicação da seleção adversa ao mercado de seguros). (...) Nos últimos anos, tem havido uma grande discussão sobre a regulamentação do seguro saúde no Brasil. Uma proposta polêmica foi a proibição da discriminação de preços de seguro saúde entre jovens e idosos. Qual seria o resultado de uma proibição de discriminação de tal tipo? Em média os idosos gastam mais com tratamentos de saúde que os mais jovens (é a maneira que a seleção adversa se manifesta). Essa é a razão da atual discriminação de preços de seguro saúde entre esses dois grupos”. (grifos e comentários entre parênteses meus) GABARITO CESPE: ERRADO
Fonte: comentários do Estratégia
https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2013/10/Coment%C3%A1rios-Microeconomia2.pdf
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Nao se trata de assimetria de informaçoes, isto é, de seleçao adversa como afirma a questao. Trata-se apenas de um preço determinado pelo cálculo atuarial, baseado em estatistica, probabilidade e risco Ou seja, um idoso segurado tem maior chance acionar o seguro. Desse modo, como a demanda dele pelos serviços de saúde é maior, o preço do seguro também é maior.
Situaçao diferente seria a de um indivíduo jovem que mente no questionário de seguro de saúde, dizendo nao possuir nenhuma doença pré existente; ou ainda, no caso de seguro de carros, o indíviduo que coloca informaçoes falsas: CEP diferente, nao usa a trabalho, tem garagem etc. Nesses casos, há seleçao adversa.