Os Acordos de Basiléia são um conjunto de acordos bancários firmados entre vários bancos centrais de todo o mundo para prevenir o risco de crédito criando exigências mínimas de reserva de capital. São organizados e publicados pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia (BCBS).
Foram criados três acordos de Basiléia:
>>>Basiléia I - focava em três pontos: (a) Capital regulatório: montante de capital próprio para cobertura de riscos; (b) Índice Mínimo de Capital para Cobertura do Risco de Crédito: capital regulatório mínimo de 8% sobre o volume de ativos em empréstimos e investimentos; (c) Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos: o cálculo de exposição ao risco de crédito dos ativos é ponderado por diferentes pesos, considerando, principalmente, o perfil do tomador.
>>>Basiléia II - teve os seguintes pilares: (1) Capital mínimo. O primeiro pilar trata de melhorar as práticas de gestão de risco com cálculo aprimorado de capital regulatório mínimo. Esse cálculo abrange três componentes de risco que os bancos enfrentam: Risco de crédito; Risco operacional; e Risco de mercado; (2) Fortalecimento do processo de supervisão. O segundo pilar dá aos reguladores ferramentas melhores para supervisão bancária. Também oferece uma estrutura para lidar com outros riscos, chamados riscos residuais, associados à indústria bancária, que não são tratados pelo primeiro pilar. Os supervisores poderão, assim, avaliar a mensuração de risco de cada banco, assim como verificar se as instituições estão mantendo capital regulatório mínimo para o índice de risco que apresentam.; (3) Disciplina de mercado.Esse pilar trata da disciplina de mercado que as instituições devem seguir. Essa proposta estimula maior transparência dos bancos. Resumindo, a Basiléia II deu maior transparência de informações sobre os bancos e trouxe maior liberdade de gestão de riscos das instituições.Houve, também, o fortalecimento da supervisão bancária.
>>>Basiléia III - A crise de 2008 acabou resultando no terceiro acordo de Basiléia. Teve por objetivo fortalecer os requisitos de capital, aumentando a liquidez e diminuindo a alavancagem bancária. Diferente dos acordos anteriores, que focavam na reserva de capital que os bancos deveriam reservar em razão dos riscos dos empréstimos e investimentos, Basiléia III está primariamente relacionado ao risco de uma corrida aos bancos, exigindo diferentes níveis de reserva para diferentes formas de depósitos bancários e outros empréstimos.Com o novo acordo, os bancos terão de triplicar as reservas de capital para se protegerem de uma crise. Passará a 7% a reserva mínima de capital para proteção contra riscos. Introduziu um índice mínimo de alavancagem. Os bancos devem manter um índice de alavancagem mínimo de 3% sobre o capital total, segundo o novo acordo. Foram criados dois índices de liquidez para assegurar uma eventual fuga de capitais, o “Índice de Cobertura de Liquidez” e o “Índice de Financiamento Líquido Estável”.
Fonte: www.mundodosbancos.com