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ID
1455769
Banca
FGV
Órgão
DPE-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

     Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é descoberto. Suas roupas, seus gestos, e, principalmente, sua fala e sotaque revelam. Só poucos minutos de convivência com os nativos e o estrangeiro é abordado e questionado: “De onde vem? Onde nasceu? O que veio fazer aqui?".
     Essa recepção é tão usual que qualquer curso de línguas inclui em suas primeiras aulas um treino de perguntas e respostas dessa conversa entre estrangeiros chegando a um país e os locais.
     Nós, brasileiros, conhecemos bem esta história. O brasileiro que viaja ao exterior está acostumado a ouvir: “É brasileiro? Gosto muito dos brasileiros! Vejo um brasileiro e lembro do samba, do Carnaval, e do futebol. Que coisa linda!".
    Com orgulho, o brasileiro sorri e confirma: “Sim, sou brasileiro!". E esse diálogo abre as portas lá fora, rendendo diversas perguntas sobre futebol, carnaval e samba, e abrindo chance para bons relacionamentos com os locais.
    Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso.
    O fato é que, agradando ou incomodando, sabemos que a identidade do brasileiro é inevitavelmente ligada a esta trinca. E isto não é tão mau assim. Se os estrangeiros tocam neste assunto é porque pensam em um mar de emoções positivas. Felicidade, descontração, relaxamento, enfim, tudo o que um ser humano sonha de bom para a vida.
     Não é para menos que, ao nos conhecer, muitos se abrem em um grande sorriso, e procuram prolongar ao máximo a conversa com um brasileiro na tentativa de se manter alegres. Nossa identidade é invejada e desejada por qualquer estrangeiro!

                                                                                                              (Comportamento, julho de 2014)

Segundo o texto 2, o brasileiro sente-se incomodado com o fato de muitos dos estrangeiros

Alternativas
Comentários
  • "Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós." Não entendo essa FGV!

  • Concordo plenamente, Roland! E "esta mesma conversa" se refere justamente às perguntas que a letra e menciona.

  • "Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso."


    Gabarito D.

  • É segundo o texto ou uma visão geral que temos do pensamento do estrangeiro com relação a nós?

    Questão capciosa e muito maliciosa! Talvez muito mal elaborada!

  • e) repetirem constantemente as mesmas perguntas.

    A letra E está incorreta, pois se refere a PERGUNTAS.

    "Gosto muito dos brasileiros! Vejo um brasileiro e lembro do samba, do Carnaval, e do futebol. Que coisa linda!”."

    Não existe pergunta aqui.

    "Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós."

    Os brasileiros estão incomodados com a mesma CONVERSA, não necessariamente as mesmas PERGUNTAS.

    Se eu estiver errado, corrija-me!

  • Esse é o tipo de questão que faz agente querer desistir da vida! Tá escrito diretamente que o que incomoda são as perguntas repetidas

  • Encontrei apenas uma justificativa para a assertiva "e" não ser correta: o texto fala em repetição de conversa, e não de "perguntas". Não há dúvida de que conversa e perguntas tenham definições totalmente diferentes. Portanto, a "conversa" que seria consenso entre incomodados corresponderia à visão pequena (redução) do Brasil como país do Carnaval, samba e futebol.

    Foco!

  • Gabarito D: reduzirem nosso país a carnaval, samba e futebol.
    Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso."


    A questão trata "do brasileiro que sente-se incomodado com o fato de muitos dos estrangeiros"

    "Nós, brasileiros, conhecemos bem esta história. O brasileiro que viaja ao exterior está acostumado a ouvir: “É brasileiro? Gosto muito dos brasileiros! Vejo um brasileiro e lembro do samba, do Carnaval, e do futebol. Que coisa linda!".
    Com orgulho, o brasileiro sorri e confirma: “Sim, sou brasileiro!". E esse diálogo abre as portas lá fora, rendendo diversas perguntas sobre futebol, carnaval e samba, e abrindo chance para bons relacionamentos com os locais.
    Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. (Note-se que apesar de dizer que a conversa "é tão repetida" o texto NÃO diz que a repetição é a causa desse incomodo. Até porque, não são todos que se incomodam, mas MUITOS. Se a repetição causasse incomodo, TODOS sentiriam-se incomodados.)

    Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso."

    Não é a repetição das perguntas que causa incomodo, é a visão muito pequena, que chega a ser ofensiva, que causa incomodo.

    Obs.: Errei a questão, acho mesmo que a resposta mais adequada é a letra E. Isso é só uma tentativa de explicar, compreender e absorver a forma de pensar e exigir da queridíssima e um pouco confusa FGV. 
    Meus votos de sucesso aos colegas! Vamos juntos! Sempre em frente!

  • Certo dia um paulista descobriu que eu era cearense e acabou me pedindo para que lhe contasse uma piada.

  • Gabarito: D

    Perceba o enunciado=> Segundo o texto 2, o brasileiro sente-se incomodado com o fato de muitos dos estrangeiros

    Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso.

    O fato é que, agradando ou incomodando, sabemos que a identidade do brasileiro é inevitavelmente ligada a esta trinca.