A escravatura, que realmente tantos males acarreta  para a civilização e para a moral, criou no espírito dos  brasileiros este caráter de independência e soberania,  que o observador descobre no homem livre, seja qual for  o seu estado, profissão ou fortuna. Quando ele percebe  desprezo, ou ultraje da parte de um rico ou poderoso, de- senvolve-se imediatamente o sentimento de igualdade; e  se ele não profere, concebe ao menos, no momento, este  grande argumento: não sou escravo. Eis aqui no nosso  modo de pensar, a primeira causa da tranquilidade de que  goza o Brasil: o sentimento de igualdade profundamente  arraigado no coração dos brasileiros. 
                                                                  (Padre Diogo Antônio Feijó apud Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial, 2005.)
O texto, publicado em 1834 pelo Padre Diogo Antônio  Feijó,