A economia de todos os países conhece um processo  mais vasto e profundo de internacionalização, mas este  tem como base um espaço que é nacional e cuja regulação continua sendo nacional, ainda que guiada em função  dos interesses de empresas globais. Essa é a razão pela  qual se pode falar legitimamente de espaço nacional da  economia internacional. A centralidade política, de certo  modo, se fortalece em Brasília, a centralidade econômica  se afirma mais fortemente em São Paulo. Todavia, a chamada abertura da economia permite a São Paulo e Brasília exercerem apenas uma “regulação delegada”, isto  é, uma regulação cujas “ordens” se situam fora de sua  competência territorial e deixam pequena margem para  a escolha de caminhos suscetíveis de atribuir, de dentro,  um destino ao próprio território nacional.
                                    (Milton Santos e Maria Laura Silveira. O Brasil: território e sociedade no  início do século XXI, 2001. Adaptado.)
A condição brasileira de “espaço nacional da economia internacional” e a “regulação delegada” exercida pelas principais metrópoles nacionais se confirmam uma vez que