Projeto no Iraque reduz a idade mínima de casamento  para xiitas mulheres para 9 anos. Xiitas iraquianas, caso o  texto seja aprovado, só poderão sair de casa com autorização do marido e deverão estar sempre disponíveis para  relações sexuais. Esse tipo de notícia coloca em xeque  os ungidos multiculturalistas ocidentais. Como, segundo  estes, não há culturas atrasadas mas apenas “diferentes”,  e porque a democracia, entendida apenas como escolha  da maioria, é um valor absoluto, por que condenar quando  a maioria de um povo escolhe por voto a sharia*? Chegamos ao impasse dos multiculturalistas: aceitam que cada  cultura seja “apenas diferente” e que, portanto, não há  bárbaros, ou constatam o óbvio, ou seja, que certas sociedades ainda vivem presas a valores abjetos, que ignoram completamente as liberdades básicas dos indivíduos.  Qual vai ser a opção?
                              (Rodrigo Constantino. “Pedofilia? No Iraque islâmico é permitido por lei!”.  www.veja.com.br, 02.05.2014. Adaptado.)
*Sharia: lei islâmica.
Para o autor, o conflito suscitado opõe essencialmente