SóProvas


ID
1475683
Banca
CS-UFG
Órgão
SEDUC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

As representações expressam a relação do sujeito com as formas de organização do espaço. Nesse sentido, as representações sobre a sociedade goiana, no século XIX, foram tributárias

Alternativas
Comentários
  • No século XIX a capital ainda não era Brasilia e ainda era inicio o processo de adentramento no país.

  • gabarito b dos relatos dos viajantes, que delimitaram as proposições sobre a região, divulgando uma perspectiva perenizada na historiografia.

  • A Visão do Viajante

    Auguste de Saint-Hilaire, viajou pelo Brasil entre 1816 e 1822, naturalista francês - em sua obra “Viagem às Nascentes do Rio São Francisco e pela Província de Goiás”, deixa em seus relatos do início do século XIX, uma visão de indolência (preguiça) e inanição (fome) muito marcante da gente goiana. Assim, o século XIX fica conhecido como um momento de “decadência”.

    Outro viajante importante foi o austríaco, Joahan Emanuel Phol que viajou pelo interior do Brasil entre 1817 e 1821, com o intuito de desvendar as nossas riquezas. Em seu livro Viagem ao Interior do Brasil, Phol relata sua passagem pelo vale do Tocantins, quando passou pelos arraiais de São José do Duro (Dianópolis) e Carmo (Monte do Carmo), descrevendo o estado de miserabilidade e penúria que vivia a população ribeirinha. Para ele, o declínio da mineração do ouro foi irreversível, em especial no norte da Capitania de Goiás, onde a crise foi mais profunda, em função da região ser isolada, tanto geograficamente, quanto propositalmente, pois a região sofreu medidas que frearam o seu desenvolvimento entre as quais, ele cita: o fato de a coroa não ter incentivado a produção agropecuária nas regiões auríferas, o que tornava abusivo o preço de gêneros de consumo e favorecia a especulação; a carência de transportes, a falta de estradas e o risco freqüente de ataques indígenas que dificultavam o comércio, além da cobrança de pesados tributos que contribuíram para a drenagem do ouro para fora da região.

  • A Visão do Viajante 


    Auguste  de  Saint-Hilaire,  viajou  pelo  Brasil  entre  1816  e  1822, 
    naturalista  francês  -  em  sua  obra  “Viagem  às  Nascentes  do  Rio  São 
    Francisco e pela Província de Goiás”
    , deixa em seus relatos do início do 
    século XIX,
    uma visão de indolência (preguiça) e inanição (fome) muito 
    marcante da gente goiana. Assim, o século XIX fica conhecido como um 
    momento de
    “decadência”. 
    Veja seguir um relato de S. Hilaire acerca da situação de Goiás: 
    “Já  não  há  em  Santa  Luzia  senão  pequeníssimo  número  de  lojas 
    muito  mal  sortidas;
     tudo  se  compra  a  crédito.  Os  jornaleiros  – 
    trabalhadores por jornada - têm maior dificuldade em se fazer pagar, se 
    bem  que  o  seu  salário  não  vá  a  mais  de  600  por  semana;  e  negros 
    creoulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um 
    único vintém de ouro por dia, do que se porem a serviço dos cultivadores 
    por 4 vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes 
    é impossível  se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que 
    ficam  meses  inteiros  sem  poder  salgar  os  alimentos  (falta  de  sal)
    ,  e 
    quando  o  pároco  faz  a  sua  excursão  para  a  confissão  pascal,  sucede 
    freqüentemente que todas as mulheres da mesma família se apresentam 
    uma pós outra com o mesmo vestido.”
     
    S.  Hilaire.  Viagem  às  nascentes  do  Rio  São  Francisco  e  pela 
    Província de Goiás. 
    A  visão  de  decadência  é,  contudo  uma  visão  etnocêntrica  e 
    eurocêntrica. 
     Passou  por  Goiás  um  grupo  de  europeus  intelectuais,  século 
    XIX, chamados de viajantes; 
     O viajante mais importante é Saint-Hilaire, ele afirma que o povo 
    goiano  é  preguiçoso,  indolente  e  miserável.  E  diz  que  Goiás,  é  a 
    região mais atrasada, isolada e decadente que ele viu no Brasil;  
     Saint-Hilaire  compara  Goiás  com  a  Europa,  tem  uma  visão 
    européia de desenvolvimento; 

     Saint-Hilaire não leva em consideração o contexto histórico para 
    retratar  a região  e  o  povo  goiano,  não  vê  que  essa  é  uma  região 

     Outro viajante importante foi o austríaco, Joahan Emanuel Phol 
    que viajou pelo interior do Brasil entre 1817 e 1821
    , com o intuito de 
    desvendar as nossas riquezas. Em seu livro  Viagem ao Interior do 
    Brasil,  Phol  relata  sua  passagem  pelo  vale  do  Tocantins,  quando 
    passou  pelos  arraiais  de  São  José  do  Duro  (Dianópolis)  e  Carmo 
    (Monte  do  Carmo)
    ,  descrevendo  o  estado  de  miserabilidade  e 
    penúria  que  vivia  a  população  ribeirinha
    . [.....]

     

    GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS E ATUALIDADES – Professor Kanduka Oliveira – GOIÂNIA (GO)