A Visão do Viajante
Auguste de Saint-Hilaire, viajou pelo Brasil entre 1816 e 1822, naturalista francês - em sua obra “Viagem às Nascentes do Rio São Francisco e pela Província de Goiás”, deixa em seus relatos do início do século XIX, uma visão de indolência (preguiça) e inanição (fome) muito marcante da gente goiana. Assim, o século XIX fica conhecido como um momento de “decadência”.
Outro viajante importante foi o austríaco, Joahan Emanuel Phol que viajou pelo interior do Brasil entre 1817 e 1821, com o intuito de desvendar as nossas riquezas. Em seu livro Viagem ao Interior do Brasil, Phol relata sua passagem pelo vale do Tocantins, quando passou pelos arraiais de São José do Duro (Dianópolis) e Carmo (Monte do Carmo), descrevendo o estado de miserabilidade e penúria que vivia a população ribeirinha. Para ele, o declínio da mineração do ouro foi irreversível, em especial no norte da Capitania de Goiás, onde a crise foi mais profunda, em função da região ser isolada, tanto geograficamente, quanto propositalmente, pois a região sofreu medidas que frearam o seu desenvolvimento entre as quais, ele cita: o fato de a coroa não ter incentivado a produção agropecuária nas regiões auríferas, o que tornava abusivo o preço de gêneros de consumo e favorecia a especulação; a carência de transportes, a falta de estradas e o risco freqüente de ataques indígenas que dificultavam o comércio, além da cobrança de pesados tributos que contribuíram para a drenagem do ouro para fora da região.
A Visão do Viajante
Auguste de Saint-Hilaire, viajou pelo Brasil entre 1816 e 1822,
naturalista francês - em sua obra “Viagem às Nascentes do Rio São
Francisco e pela Província de Goiás”, deixa em seus relatos do início do
século XIX, uma visão de indolência (preguiça) e inanição (fome) muito
marcante da gente goiana. Assim, o século XIX fica conhecido como um
momento de “decadência”.
Veja seguir um relato de S. Hilaire acerca da situação de Goiás:
“Já não há em Santa Luzia senão pequeníssimo número de lojas
muito mal sortidas; tudo se compra a crédito. Os jornaleiros –
trabalhadores por jornada - têm maior dificuldade em se fazer pagar, se
bem que o seu salário não vá a mais de 600 por semana; e negros
creoulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um
único vintém de ouro por dia, do que se porem a serviço dos cultivadores
por 4 vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes
é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que
ficam meses inteiros sem poder salgar os alimentos (falta de sal), e
quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal, sucede
freqüentemente que todas as mulheres da mesma família se apresentam
uma pós outra com o mesmo vestido.”
S. Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela
Província de Goiás.
A visão de decadência é, contudo uma visão etnocêntrica e
eurocêntrica.
Passou por Goiás um grupo de europeus intelectuais, século
XIX, chamados de viajantes;
O viajante mais importante é Saint-Hilaire, ele afirma que o povo
goiano é preguiçoso, indolente e miserável. E diz que Goiás, é a
região mais atrasada, isolada e decadente que ele viu no Brasil;
Saint-Hilaire compara Goiás com a Europa, tem uma visão
européia de desenvolvimento;
Saint-Hilaire não leva em consideração o contexto histórico para
retratar a região e o povo goiano, não vê que essa é uma região
Outro viajante importante foi o austríaco, Joahan Emanuel Phol
que viajou pelo interior do Brasil entre 1817 e 1821, com o intuito de
desvendar as nossas riquezas. Em seu livro Viagem ao Interior do
Brasil, Phol relata sua passagem pelo vale do Tocantins, quando
passou pelos arraiais de São José do Duro (Dianópolis) e Carmo
(Monte do Carmo), descrevendo o estado de miserabilidade e
penúria que vivia a população ribeirinha. [.....]
GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS E ATUALIDADES – Professor Kanduka Oliveira – GOIÂNIA (GO)