- ID
- 1477582
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- TJ-PA
- Ano
- 2014
- Provas
-
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Análise de Sistema - Suporte
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Biblioteconomia
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Direito
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Economia
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Engenharia do Trabalho
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Estatística
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Fiscal de Arrecadação
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Medicina do Trabalho
- VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Medicina Psiquiátrica
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto para responder à questão
Nossas palavras
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo". Não sei se no universo das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos embates que se verificam aqui, “cortando e aparando" os adversários.
Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada" enquanto outros estão “na grade". Quem está na grade aguarda o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai explicar…
E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa" até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa" até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa.
Penso que o uso das gírias – palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto – é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser econômico. Mesmo assim, vou respondendo aos e-mails. Ele me diz que, enfim, está tudo pronto.
(Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado)
De acordo com o autor, o uso de gírias é