Edgar Morin (2008), em “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, propõe a reforma do pensamento do professor onde a prática pedagógica reflexiva e vivenciada, na qual tudo se liga a tudo e de que é urgente aprender a aprender, o professor adquirirá uma nova postura diante da realidade, necessária a uma prática pedagógica dialógica e libertadora. Nessa perspectiva, o autor reforça a seguinte ideia:
I. Há inquietação disseminada nos dias atuais, uma vez que o avanço da tecnologia de informação permite acesso inédito às informações, a globalização econômica e o fim da polarização ideológica entre capitalismo e comunismo nas relações internacionais.
II. O conhecimento não é um espelho das coisas do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Este conhecimento, ao mesmo tempo tradução e reconstrução comporta a interpretação, o que introduz o risco do erro na subjetividade do conhecedor, de uma visão do mundo e de seus princípios de conhecimento. Daí os numerosos erros de concepção e de ideias que sobrevêm a despeito de nossos controles racionais.
III. O saber desfragmentado do conhecimento fica sem sentido. Sob esse aspecto, entendesse que há inadequação cada vez mais agravada entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas e as realidades ou problemas da realidade global, complexa e multidimensional.
IV. A condição humana é o ponto central da educação do futuro, para conhecer o humano, é preciso encontrar seu lugar no Universo. As concepções do ser humano formuladas pela Biologia, História, Ecologia, etc., estão hoje desunidas. O “humano” está fragmentado em olhares isolados das próprias ciências humanas e naturais e destas com a filosofia, a literatura e as artes.
V. Devemos fazer uma profunda reflexão sobre a relação do homem como planeta. A ideia de que é preciso compreender o caráter humano no mundo, como a condição do mundo humano, que, ao longo da história moderna, se tornou a circunstância da era planetária, da própria sobrevivência da terra. Devemos pensar de como proteger nossa Terra- pátria, e ter uma prática de sustentabilidade terrena que seja viável para as próximas gerações.
Está correto apenas o que se afirma em