Na década de 1950, nos Estados Unidos, o autoexame das mamas surgiu como estratégia para diminuir o diagnóstico de tumores de mama em fase avançada. Ao final da década de 1990, ensaios clínicos mostraram que o autoexame das mamas não reduzia a mortalidade pelo câncer de mama. A partir de então, diversos países passaram a adotar a estratégia de breast awareness, que significa estar alerta para a saúde das mamas.
A orientação é que a mulher realize a autopalpação/observação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem nenhuma recomendação de técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
No Brasil, conforme revisão das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, publicada em 2015, a mamografia é o método preconizado para rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. A mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama.
O exame físico das mamas, também chamado de exame clínico das mamas (ECM), deve ser realizado rotineiramente pelo médico durante a sua consulta em mulheres a partir de 25 anos, preferentemente na primeira semana após a menstruação. Ele também pode ser realizado por outro profissional de saúde treinado (enfermeiro (a)), e tem fundamental importância para a detecção precoce do câncer de mama. Por isso, precisa ser bem executado e requer, para a sua realização, ambiente privativo adequado com boa iluminação, além de respeito ao recato da mulher.
Em sequência, os seguintes tempos do exame físico devem ser realizados: 1) inspeção estática; 2) inspeção dinâmica; 3) palpação das axilas e regiões supra claviculares; e 4) palpação do tecido mamário.