SóProvas


ID
1495183
Banca
VUNESP
Órgão
TCE-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.


          Em sua essência, empresas como o Google e o  Facebook estão no mesmo ramo de negócio que a Agência de Segurança Nacional (NSA) do governo dos EUA. Elas  coletam uma grande quantidade de informações sobre os usuários, armazenam, integram e utilizam essas informações  para prever o comportamento individual e de um grupo, e depois as vendem para anunciantes e outros mais. Essa  semelhança gerou parceiros naturais para a NSA, e é por isso que eles foram abordados para fazer parte do PRISM, o programa de vigilância secreta da internet. Ao contrário de agências de inteligência, que espionam linhas de telecomunicações internacionais, o complexo de vigilância comercial atrai bilhões de seres humanos com a promessa de “serviços gratuitos". Seu modelo de negócio é a destruição industrial da privacidade. E mesmo os maiores críticos da  vigilância da NSA não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook.
           Considerando-se que, em 1945, grande parte do mundo   passou a enfrentar meio século da tirania em consequência   da bomba atômica, em 2015 enfrentaremos a propagação   inexorável da vigilância em massa invasiva e a transferência  de poder para aqueles conectados às suas superestruturas.  É muito cedo para dizer se o lado “democrático" ou o lado  “tirânico" da internet finalmente vencerá. Mas reconhecê-los  – e percebê-los como o campo de luta – é o primeiro passo  para se posicionar efetivamente junto com a grande maioria  das pessoas.
           A humanidade agora não pode mais rejeitar a internet,  mas também não pode se render a ela. Ao contrário, temos  que lutar por ela. Assim como os primórdios das armas  atômicas inauguraram a Guerra Fria, a lógica da internet é  a chave para entender a iminente guerra em prol do centro  intelectual da nossa civilização.
                                                                                      (http://noticias.uol.com.br, 16.12.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa e com os sentidos do texto.

Alternativas
Comentários
  • E)

     a) Elas coletam uma grande quantidade de informações sobre os usuários, armazenam, integram e utilizam essas informações... (primeiro parágrafo) = Elas coletam uma grande quantidade de informações relativas à seus usuários, armazenam, inte- gram e utilizam-as...

     b) E mesmo os maiores críticos da vigilância da NSA não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook. (primeiro parágrafo) 

    = E os mesmos [A falta do determinando compromete o sentido] maiores críticos da vigilância da NSA não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook.

     c) ... em 2015 enfrentaremos a propagação inexorável da vigilância em massa invasiva e a transferência de poder... (segundo parágrafo) 

    = ... em 2015 a propagação inexorável da vigilância em massa invasiva e a transferência de poder, será enfrentada por nós...

     d) Mas reconhecê-los – e percebê-los como o campo de luta – é o primeiro passo para se posicionar... (segundo parágrafo) 

    = Portanto reconhecê-los – ou perceber eles como o campo de luta – é o primeiro passo para se posicionar.

    Colocação pronominal, pessoal.


    GRAMÁTICA PESTANA (2012)

    Colocação Pronominal

    Também chamada de Topologia ou Sínclise Pronominal, é o nome que se dá à parte da Gramática que trata, basicamente, da adequada posição dos pronomes oblíquos átonos (POA) junto aos verbos: próclise (POA antes do verbo), ênclise (POA depois do verbo) e mesóclise (POA no meio do verbo). Saiba que este assunto é extremamente recorrente em provas! E gerador de

    polêmicas às vezes...



  • Encontrei uma boa explicação no site "http://www.marcelorosenthal.com/417698906/3057139/posting/"

    Bons estudos!

    "Na alternativa A, há falhas gramaticais, o que nos exime de realizar a análise semântica. O emprego do acento grave antes do pronome possessivo masculino e plural “seus” é erro crasso, grosseiro. Além disso, como a forma verbal “utilizam” termina em som nasal, o emprego do pronome oblíquo “as” se faz com a inserção  da letra “n”: utilizam-nas.

    Na alternativa B, a proposta de reescritura não gera erro gramatical, contudo há alteração de sentido. Na frase original, a construção “E mesmo os maiores críticos” insere, inclui os maiores críticos no evento “não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook”. Ou seja, ATÉ (ideia de inclusão) os maiores críticos não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook. Já na reescritura, a construção “E os mesmos maiores críticos” dá a entender que esses maiores críticos, além de não parecerem estar pedindo o fim do Google e do Facebook, estariam praticando alguma outra ação.

    Na alternativa C, há duas falhas gramaticais. A primeira é o emprego da vírgula após “poder”, separando sujeito de verbo. E a segunda falha é de concordância. Como se trata de sujeito composto anteposto ao verbo, a locução verbal “será enfrentada” deveria flexionar-se no plural: serão enfrentadas.

    Na alternativa D, há erro gramatical em “perceber eles”. Como o pronome funciona como objeto direto, o correto seria o pronome “os”. Um detalhe: como o verbo termina em “r”, torna-se necessário extrair a letra “r” do verbo e acrescentar a letra “l” ao pronome oblíquo “os” – percebê-los. Também há alteração de sentido quando se substitui a conjunção adversativa “Mas” pela conclusiva “Portanto”.

    Na alternativa E, a reescritura, no aspecto gramatical, não apresenta qualquer erro. Quanto ao aspecto semântico, há apenas a inversão da ordem das orações. E como já existia a ideia de adição, a substituição de “mas também” por “nem”, conserva tal ideia."