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ID
1501105
Banca
Makiyama
Órgão
TJ-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA

Contra o excesso de industrialização dos alimentos, consumidores ativistas arrendam terras, compram sementes e viram sócios de agricultores. Conheça o progressismo culinário por Rafael Tonon

Se todo comportamento social hegemônico dá origem a uma contracultura, com a alimentação não seria diferente. Excesso de industrialização, monocultura e logística que não privilegia produção local acabaram por incentivar uma antítese desse sistema de produção. Grupos de consumidores do Brasil e do mundo começam a se aproximar dos produtores, chegando a comprar sementes e a virar sócios das fazendas para colher comida cultivada de maneira mais sustentável, sem agrotóxicos e com comercialização mais justa. “O ativismo nessa área tem ganhado corpo há 20 anos, mas nunca foi tão presente", afirma Eric Holt Gimenez, diretor do Food First, instituto nos EUA para desenvolvimento de políticas alimentares.

O tom transgressor desse movimento fica claro no apelido que ele ganhou da revista Time: progressismo culinário. “Têm-se construído diversas práticas para mitigar o dano permanente causado pelo regime alimentar corporativo, baseado na produção em massa e na industrialização", diz Gimenez.

Um dos principais meios de ação desses ativistas é a criação de grupos que buscam parcerias com produtores locais dispostos a oferecer alimentos sem o intermédio de supermercados ou distribuidores. Isso encurta o caminho do produto (economizando viagens de caminhão para centros de distribuição e reduzindo até a poluição causada por elas) e estreita o laço com as famílias que trabalham na terra. “O alimento é muito importante para estar nas mãos de apenas algumas corporações", defende Harriet Lamb, da The Fairtrade Foundation, entidade que luta por melhores políticas sociais e econômicas de consumo no mundo. Esses grupos, que despontaram no final da década de 90 nos EUA e em 2001 na França, polinizaram terras do mundo todo, inclusive do Brasil.

                                                                                         Adaptado de http://revistagalileu.globo.com/

A afirmativa CORRETA, condizente com o assunto do texto, é:

Alternativas
Comentários
  • Alguem pode explicar essa questão?

     

  • Contra o excesso de industrialização dos alimentos, consumidores ativistas arrendam terras, compram sementes e viram sócios de agricultores. Conheça o progressismo culinário por Rafael Tonon. 
     

  • Joyce,

    a) Pessoas estão virando sócias de grandes agricultores no intuito de conseguirem alimentos sem custos para as suas famílias. Em momento algum o texto falou que o objetivo era conseguir alimentos sem custos.

    b) Devido à cultura de produtos agrícolas diversos numa determinada área de plantio, os alimentos estão chegando à mesa da população sem intermédio de caminhões. Essa assertiva não tem nada a ver com nada do texto.

    c) O progressismo culinário vai de encontro ao sistema de produção que privilegia a industrialização dos alimentos em demasia. É justamente o que o texto fala, o objetivo é adquirir alimentos antes do processo de industrialização, logo esse "projeto" vai de encontro com o sistema de produção, que industrializa demasiadamente seus produtos.

    d) Em razão de as grandes empresas do setor agrícola estarem usando apenas sementes transgênicas, um grupo de pessoas está se associando a pequenos agricultores para a compra de sementes naturais. O texto sequer cita semestes transgênicas, cita exclusão de poluição, o que não se refere à transgenicidade.

    Espero ter ajudado!

  • "De encontro a" = ser contrário, discordar.

    "ao encontro de" = ser favorável, concordar.

    Acho que sabendo disso dá pra matar a questão.