SóProvas


ID
1508848
Banca
FGV
Órgão
SSP-AM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta, posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites à construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)

O primeiro parágrafo do texto 3 mostra uma marca de construção desaconselhável, que é:

Alternativas
Comentários
  • O primeiro ponto está na sexta linha, ou seja, mais da metade do texto.


  • Quinta.

     

  • Gabarito letra A e quinta é igual a "hoje está calor". Ou seja, não tem o que falar, não fale nada !!!

  • quarta


  • B e E, C e D são iguais.. elimina. Muitas questões são assim..

  • Desde quando posto que com sentido de causal é CULTO?

    Talvez muitos não perceberam, mas se fosse na minha prova daria um belo de um recurso.


    Posto que

    1) Lembrando tratar-se de conjunção concessiva (equivalendo a ainda que, a embora), Geraldo Amaral Arruda realça dois aspectos de significativo relevo a respeito dessa locução:

    a) “não deve ser usada como causal (não equivale, assim, a porque);

    b) usa-se “com o verbo no subjuntivo”.1

    Exs.: a) “Posto que fosse tarde, o magistrado mesmo assim continuou a audiência” (correto);

    b) “ Posto que era tarde, o magistrado mesmo assim continuou a audiência” (errado).

    2) Sousa e Silva defende, com muita propriedade, e insere também tal locução no rol das conjunções concessivas, “da mesma espécie de conquanto, embora, ainda que, se bem que, etc.”

    5) Em acréscimo, assevera que “é grave incorreção, assaz freqüente no Brasil, empregar posto que como conjunção causal ou como conjunção explicativa.

    6) Por fim, exemplifica como trecho extraído de jornais, em que manifesto o erro em seu emprego: “Discordamos do ilustre magistrado, posto que seu juízo acerca da moral dominante no interior das emissoras é falho e sem lastro na realidade”.

    7) E manda corrigir: “Discordamos do ilustre magistrado, visto que seu juízo (ou visto como seu juízo, ou porquanto seu juízo, ou porque seu juízo...)”2


    Fonte:
    http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI4444,51045-Posto+que

  • A FGV usa os recursos enviados como papel higiênico.

  • O primeiro parágrafo do texto 3 mostra uma marca de construção desaconselhável, que é:

    uma grande extensão sem o emprego de ponto; GABARITO

    -> por mais que a "doutrina" da fgv considere como gramaticalmente correta o uso de períodos longos sem pontuação (sem falar nas orações adverbiais longas E deslocadas em início de oração sem vírgula que a fgv já considerou como corretas repetidas vezes), há de convir que, por mais que possa estar correto, é desaconselhável (sim!) o não uso de pontuação em um longo período.

    uma repetição desnecessária de palavras;

    -> não há repetição desnecessária de palavras (salvo o termo "agentes", porém, esta foi feita de maneira proposital até porque existe o uso do "+", por isso, errado;

    o emprego de palavras difíceis e raras;

    -> não há palavras nem difíceis nem raras (a exceção de "troika")

    a mistura de linguagem culta e popular;

    -> não há mistura; no máximo, existe uso predominante de uma linguagem mais comedida, apesar de o autor ter sido um jurista;

    a ocorrência de várias ambiguidades

    -> não há várias ambiguidades, é extrapolação afirmar isso.