O papel do ego-auxiliar desenvolve três funções. A de ator, desempenhando o papel que lhe é apresentado pelo diretor e desenvolvendo a sua espontaneidade; a de investigador, através da observação do outro, das suas vivências, linguagens (verbais e não verbais) e dos seus papeis; e de terapeuta, através da sua relação funcional com o diretor.
No psicodrama a função do ego-auxiliar é fundamental para permitir aos protagonistas ultrapassar a dinâmica da relação causal linear com o outro e captar a relação causal circular.
A função terapêutica do ego-auxiliar assenta na relação funcional com o diretor. O desempenho do papel de ego-auxiliar implica assumir dinâmicas em contexto. O ego-auxiliar é solicitado a entrar e a sair de papeis. Em algumas situações é solicitado a ser neutro outras vezes a ser criativo. São situações em que ao mesmo tempo que é solicitado a sentir o outro é também solicitado a sentir o si-mesmo.
Através da relação dinâmica do ego-auxiliar, este desempenha uma função de ressonância da ação psicodramática dirigida pelo diretor, do ato psicodramático do protagonista e da sua própria ação em contexto.