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ID
1515793
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O estado burguês – particularmente, a partir dos anos 70 – experimentou um redimensionamento considerável nas suas funções. Segundo Paulo Netto (1996), a mudança mais imediata foi(foram):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A 

    De acordo com o QCONCURSOS

  • A década de 70 foi o período de reestruturação produtiva em que :

    - há uma desresponsabilização do Estado;

    - Políticas públicas mínimas e distribuidas entre Estado e sociedade civil; 

    - feitichização das relações sociais;

    - flexibilização na forma de contratação e utilização da mao de obra

  • Nesta processualidade em curso desde a década de 1980, nos países centrais do capitalismo, e desde a década de 1990 no Brasil, de acordo com Netto (1993, p. 99-100), observa-se um redimensionamento considerável do Estado, posto na diminuição da sua ação reguladora ou no encolhimento de suas ‘funções legitimadoras’, elementos visíveis no cenário mundial, quando o grande capital rompe o ‘pacto’ que suportava o Welfare State, numa clara direção que pretende diminuir os ônus do capital no esquema geral de reprodução da força de trabalho (e das condições gerais da reprodução capitalista).

     

     

    http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/4UkPUxY8i39jY49rWvNM.pdf

     

  • O Estado burguês, mantendo o seu caráter de classe, experimenta um considerável redimensionamento. A mudança mais imediata é a diminuição da sua ação reguladora, especialmente o encolhimento de suas “funções legitimadoras” (O’Connor): quando o grande capital rompe o “pacto” que suportava o Welfare State, começa a ocorrer a retirada das coberturas sociais públicas e tem‑se o corte nos direitos sociais — programa tatcherista que corporifica a estratégia do grande capital de “redução do Estado”, num processo de “ajuste” que visa diminuir o ônus do capital no esquema geral da reprodução da força de trabalho. Entretanto, aquela redução, bem definida nas palavras de ordem que já assinalei e na sua prática — “flexibilização”, “desregulamentação” e “privatização” —, decorre do próprio movimento da “globalização”. De uma parte, a magnitude das atividades planetárias das corporações monopolistas extrapola largamente os controles estatais, fundada na circunscrição nacional do Estado; de outra, dada a articulação privada daquelas atividades, torna‑se limitada a intervenção estatal no nível macroeconômico. É evidente que o tardo-capitalismo não liquidou com o Estado nacional, mas é também claro que vem operando no sentido de erodir a sua soberania — porém, cumpre assinalar a diferencialidade dessa erosão, que atinge diversamente Estados centrais e Estados periféricos (ou mais débeis).

     

    http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n111/a02.pdf