SóProvas


ID
1545961
Banca
IDECAN
Órgão
CNEN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                              A reação brasileira


            Ainda em 1954, foi lançado ao mar o primeiro submarino com propulsão nuclear, o Nautilus, dos EUA. Pouco depois, vieram navios como o Savannah (EUA, 1962) e o Otto Hahn (Alemanha, 1964) - este último era capaz de navegar impressionantes 40 mil km com apenas 2 kg de urânio-235.
            O Brasil reagiu a esses fatos. Aqui, foram criados, a partir de 1949, institutos e centros de pesquisa voltados fundamentalmente para as questões nucleares. Nessas instituições, tiveram lugar a construção e operação dos primeiros reatores nucleares do país, voltados tanto para a produção de radiofármacos quanto para a pesquisa e formação de pessoal especializado.
            Em 1957, o primeiro reator nuclear da América Latina, o IEA-R1, entrou em operação no então Instituto de Energia Atômica (IEA) - atualmente, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) na Universidade de São Paulo.
            Em 1960, começou a funcionar o reator Triga Mark-1, no então Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR) - hoje, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) -, na Universidade Federal de Minas Gerais. Cinco anos depois, foi a vez, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do primeiro reator de pesquisa totalmente construído por empresa brasileira, o Argonauta, no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN).
            Em 1988, o Brasil inaugurou seu primeiro reator nuclear genuinamente nacional, o Ipen/MB-01, resultado de parceria entre pesquisadores do Ipen e da Marinha do Brasil. O objetivo primordial daquela máquina, além da pesquisa, é formar recursos humanos.
            Atualmente, o Brasil conta com duas unidades nucleares de grande porte para geração de eletricidade: Angra I, em funcionamento há 30 anos, e Angra II, a partir de 2000. Também localizado em Angra dos Reis (RJ), o reator Angra III, em construção, está previsto para entrar em funcionamento em 2016.

                                                                        (Odilon A. P. Tavares. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/. Adaptado.)


Em “O Brasil reagiu a esses fatos.” (2º§) ocorre

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a razão da letra E estar correta, alguém poderia esclarecer essa dúvida?

    Eu achei a letra D a "menos errada".

  • "esses fatos" está impedindo que se repita tudo que já foi mencionado anteriormente : "Ainda em 1954, foi lançado ao mar o primeiro submarino com propulsão nuclear, o Nautilus, dos EUA. Pouco depois, vieram navios como oSavannah (EUA, 1962) e o Otto Hahn (Alemanha, 1964) - este último era capaz de navegar impressionantes 40 mil km com ap..."

    e retoma o que já foi dito, por isso a relação de lógica entre eles.
     letra E
  • Creio que a banca confunde o candidato ao afirmar que "a substituição de um termo por outro" se refira a:

    "esses fatos" substituindo a frase "Ainda em 1954, foi lançado ao mar o primeiro submarino com propulsão nuclear, o Nautilus, dos EUA. Pouco depois...". 

    Visto que estamos acostumados a definir "termo" como uma palavra ou uma expressão. A banca poderia ter explicado melhor o enunciado.

  • Gabarito E

    FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS

    ·       Comparação ou símile: ocorre quando se estabelece aproximação entre dois elementos, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e  etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a PRESENÇA DOS NEXOS comparativos.

    o  “E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

    ·       Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual. Na metáfora ocorre uma COMPARAÇÃO em que o CONECTIVO COMPARATIVO FICA SUBENTENDIDO.

    o  “Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

    ·       Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.

    o  O pé da mesa estava quebrado.

    ·       Metonímia: Consiste numa transposição de significado, ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento.

    o  O lugar pelo produto: ele só fuma havana (charuto)

    o  O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

    o  O todo pela parte: assim diz as escrituras(=versículo).

    ·       Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.

    o  A cidade eterna (em vez de Roma)

    ·       Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, SENSAÇÕES percebidas por diferentes órgãos sensoriais.

    o  Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

    ·       Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

    o  Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

    ·       Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.

    o  Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.

    ·       Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

    o  Estou morrendo de sede!

    ·       Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados(concreto ou abstrato) características próprias dos seres humanos.

    o  O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

    ·       Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem EXCLUIR-SE MUTUAMENTE, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.

    o  Estou cego, mas agora consigo ver.

    ·       Antítese(ADIÇÃO IDEIAS OPOSTAS): é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

    o  Os jardins têm vida e morte.

    ·       Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.

    o  O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

    ·       Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.

    o  “Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

    ·       Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.

    o  Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

  • fiquei com muita dúvida nesta questão.